Em sabatina promovida pelos estudantes do Centro Universitário Positivo, em Curitiba, na noite desta terça-feira (2), o governador do Paraná e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) elogiou a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva. O PSB é coligado ao PSDB no Paraná e apoia a reeleição de Richa, mas Marina já adiantou que não fará campanha para os candidatos tucanos aos governos do Paraná e de São Paulo, Geraldo Alckmin.
"[Marina] é uma pessoa bem intencionada e tem grandes ideias para o país", afirmou Richa para repórteres, antes da sabatina. Apesar dos elogios, o candidato à reeleição disse acreditar que o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, poderá chegar ao segundo turno. "Ela [Marina] trouxe o voto de muitos insatisfeitos, de gente que ia votar nulo. Tirou parcelas de eleitores da Dilma [Rousseff, candidata do PT] e principalmente do Aécio. Mas ainda acredito que o Aécio consiga chegar ao segundo turno." Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência que morreu em um acidente aéreo no dia 13 de agosto, apoiaria a reeleição de Beto Richa.
Durante a sabatina com estudantes, Richa criticou seus dois principais adversários na disputa, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB). O principal ataque foi a Gleisi, que chamou Richa de "candidato kinder ovo" durante debate na Band Curitiba, na semana passada. A petista disse que o governador sempre se mostra "surpreso" quando o estado enfrenta alguma dificuldade dias antes, uma rebelião no presídio de Cascavel, no Oeste do estado, deixou quatro mortos.
"Eu realmente não sabia que ia ter rebelião. Ela [Gleisi] deve ter informantes no presídio da Papuda", afirmou Richa em relação ao presídio da Papuda, em Brasília, onde estão presos os petistas condenados no processo do mensalão. "Quem sabe também tenha em Cascavel", insinuou o governador.
Richa também criticou Requião e deu a entender que ele vem mentindo durante a campanha. "Ele [Requião] fala que construiu mais de 40 hospitais. Não é verdade. Não construiu tudo isso e os que construiu tivemos que arrumar", atacou o tucano. "Em Ponta Grossa, não havia espaço para as macas fazerem a volta e a estrutura não suportava botijões de gás."
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