Governador pediu apoio, mas especialista diz que não houve crime eleitoral| Foto: Giuliano Gomes

Três mil funcionários públicos participaram depois do expediente de sexta-feira de um evento de campanha do governador Beto Richa (PSDB). Os funcionários ocuparam o barracão do partido no Centro Cívico, onde era distribuído material de campanha e um carro de som tocava o jingle do candidato. Também foram distribuí­das fichas para que os servidores preenchessem para fazer parte da campanha por meio das redes sociais. Richa chegou acompanhado da mulher, Fernanda, de deputados estaduais, federais e secretários do estado.

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Discursaram a mulher de Beto, Fernanda, o filho Marcello, o coordenador-geral da campanha, deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), e o deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Todos afirmaram que a participação dos servidores durante a campanha será essencial. Richa foi o último a falar e afirmou que o seu "exército" começou a ser criado ainda em 2004, quando se candidatou à prefeitura de Curitiba e "ficou ainda maior" quando ele assumiu o governo. Richa pediu aos servidores apoio na campanha.

"Ninguém faz nada sozinho. Se o Paraná é um dos melhores estados da nação é porque uma equipe competente trabalha junto comigo", afirmou o governador. Richa também falou sobre ataques que deve sofrer durante a campanha. "Vão tentar me difamar, mas contra números não há argumentos", disse o candidato. Richa ainda pediu votos para o senador Alvaro Dias e para o candidato de seu partido à Presidência, Aécio Neves. Fechando o discurso, Richa afirmou que irá lutar contra os interesses dos "poderosos". "Vou com o machado na mão e a faca entre os dentes, lutar contra a campanha dos poderosos".

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Legalidade

De acordo com o advogado especialista em direito eleitoral Paulo Batista Valério, como o encontro com os servidores foi feito fora do horário do expediente e não houve uma convocação oficial, não se pode dizer que tenha havido crime eleitoral. "Só existiria crime caso houvesse abuso de autoridade, que não foi o caso", afirmou.