Junto com o prazo para a troca de candidatos, finalizado na última segunda-feira, acabou o coro pelo "Volta, Lula". Desde os protestos de junho do ano passado, existiram rumores de que Dilma Rousseff (PT) poderia abdicar de sua candidatura à reeleição para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saísse candidato. Essa movimentação sempre foi negada oficialmente pelo PT e pelo próprio Lula, mas militantes do partido chegaram a defender a hipótese publicamente em vários momentos, especialmente quando a popularidade da presidente estava em baixa. Um site chegou a ser montado por partidários da ideia, mas foi retirado do ar.
O período para substituição do concorrente é menor por causa da minirreforma eleitoral, realizada no ano passado: até as eleições de 2012, era possível que um partido mudasse de candidato até um dia antes das eleições. Neste ano, já tivemos uma troca importante em nível nacional: Marina Silva (PSB) por Eduardo Campos (PSB), que morreu em acidente aéreo no dia 13 de agosto.
Há outros exemplos. Nas eleições de 2010 para o governo do Distrito Federal, por exemplo, o candidato Joaquim Roriz (PSC) teve sua candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa faltando nove dias para o pleito. A solução encontrada foi lançar sua mulher, Weslian Roriz (PSC), como candidata.
O caso ganhou notoriedade depois de um debate, no qual Weslian cometeu uma série de gafes dizendo, inclusive, ser "a favor de toda essa corrupção" que virou hit na internet. Mesmo assim, ela conseguiu chegar ao segundo turno, quando foi derrotada por Agnelo Queiroz (PT).
No Paraná, ocorreu uma situação similar naquele mesmo ano: Luiz Fernandes Litro (PSDB), que corria o risco de ter sua candidatura impugnada, desistiu da eleição para favorecer sua mulher, Rose Litro (PSDB), que acabou eleita. Neste caso, entretanto, Rose também estava registrada na chapa desde o início do período eleitoral ou seja, a situação não seria afetada pela nova legislação.
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