Conforme as últimas pesquisas eleitorais, divulgadas no decorrer das duas últimas semanas, em pelo menos sete dos 14 estados em que há segundo turno nas eleições a disputa pelo governo não está definida. Segundo o Ibope, nessas unidades da federação há empate técnico entre os postulantes ao cargo. Nos outros estados, conforme os levantamentos, a definição do pleito tende a ser mais tranquila.
As disputas mais acirradas devem ocorrer nos estados do Ceará, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Nos três casos, o Ibope indica apenas dois pontos porcentuais de diferença entre os primeiros e segundos colocados, o que, segundo a margem de erro do instituto, configura empate técnico. No Pará, a diferença entre os candidatos é de quatro pontos. Ou seja, também não é possível dizer quem sairá vencedor do pleito.
Nos estados do Acre, Amazonas e Paraíba, a diferença de porcentual entre os concorrentes, segundo o instituto, é um pouco maior: 53% a 47%, mas, considerando a margem de erro, ainda há empate técnico. No Amazonas e na Paraíba, inclusive, os candidatos que perderam no primeiro turno reverteram as posições nos levantamentos do segundo turno conforme as intenções de voto do instituto.
Com vantagem
Entre as unidades da federação em que a disputa está teoricamente definida está o Distrito Federal, em que Rollemberg (PSB) abriu 14 pontos de vantagem sobre Jofran Frejat (PR), segundo o último levantamento Ibope, divulgado na terça-feira (21). No Rio de Janeiro, a diferença entre Luiz Fernando Pezão (PMDB), que está à frente, e Marcelo Crivella (PRB) é de dez pontos porcentuais, conforme pequisa de quinta-feira (23).
Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima são os outros estados em que é possível ter uma definição melhor dos possíveis eleitos. No estado nordestino, a disputa é a mais acirrada em comparação com os demais: o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB) tem 46% das intenções de voto, enquanto Robinson Faria (PSD) tem 54%, conforme levantamento divulgado ontem.
Já no Rio Grande do Sul, o atual governador e candidato à reeleição Tarso Genro (PT) deve sair derrotado do pleito com José Ivo Sartori (PMDB): na última pesquisa Ibope, divulgada ontem, o petista aparece com 41% das intenções de voto, 18 pontos porcentuais atrás do peemedebista. Em Roraima, a diferença entre Suely Campos (PP) primeira colocada e Chico Rodrigues (PSB) é de 12 pontos porcentuais.
Em Goiás, conforme o Ibope divulgou na última terça-feira, Marconi Perillo (PSDB) deve ser reeleito com 60% dos votos contra 40% de Íris Rezende. No Amapá, a diferença de porcentual entre os candidatos é a maior registrada entre as pesquisas: 32 pontos. Lá, Waldez Góes (PDT) deve ser eleito com 66% dos votos contra 34% de Camilo Capiberibe (PSB), conforme divulgou o instituto na semana passada.
Partidos
Se as previsões das pesquisas se confirmarem, nos estados em que a diferença entre os concorrentes é maior, o PMDB elegerá pelo menos dois governadores: Pezão, no Rio de Janeiro, e Sartori, no Rio Grande do Sul. O partido é o que tem a maior número de postulantes ao governo no 2º turno: oito.
Quatro candidatos do PT ainda concorrem nos estados. Mas, em três deles, a disputa está acirrada e não é possível dizer quem sairá vencedor. Já no Rio Grande do Sul, é provável que a legenda saia perdedora. Já o PSDB ainda pode governar em mais seis estados. Porém, apenas em Goiás os tucanos possuem vantagem maior.
O PSB ainda possui quatro candidatos ao governo, mas possui vantagem grande apenas no Distrito Federal. Entre as outras legendas que ainda disputam cargos do Executivo nos estados estão PDT, Pros, PR, PRB, PSD e PP, com um candidato cada. Em todos os estados com segundo turno há previsão de novas pesquisas do Ibope neste sábado.