Um site da campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB) foi hackeado nesta quarta-feira (23) pelo grupo Anonymous. A página Conversa com Brasileiros, lançada em maio de 2013 pelo PSDB, passou a figurar a mensagem: "Então quer dizer que o senhor Aécio Neves apoia a repressão contra os protestos populares? Ainda bem que políticos como ele jamais governará [sic] este país!".

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O título da página faz referência ao Twitter @AnonManifest, que publicou mensagem a respeito em conta na rede social. "Aécio Neves diz que apoia prisões ilegais de ativistas no Rio e tem site de campanha de invadido. http://www.conversacombrasileiros.com.br/ É simples.;)". No último dia 15, foi ao ar um novo site de campanha do senador mineiro.

Prisões

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Nesta terça-feira (22), a coligação de Aécio, Muda Brasil, divulgou nota em defesa da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que conduziu operação que prendeu 19 ativistas suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo durante manifestações desde junho do ano passado. No texto, a campanha de Aécio descreve que "após investigação que durou sete meses, [a polícia] prendeu líderes de manifestações violentas, que atacavam policiais e promoviam a destruição de patrimônio público".

Os tucanos afirmam respeitar e dialogar com os movimentos sociais, mas dizem não "compactuar com o crime e com grupos que usam a violência para tomar à força as ruas, lugar que pertence, com legitimidade, à população e suas reivindicações".

Os tucanos fazem também referência a nota emitida pelo PT no dia 17. No documento, assinado pelo presidente nacional da sigla, Rui Falcão, pelo secretário de Movimentos Populares, Bruno Elias, e pelo coordenador do Setorial de Direitos Humanos, Rodrigo Mondego, o partido afirma que "as prisões representam grave violação de direitos e das liberdades democráticas".

Ao final do texto, a coligação provoca a presidente Dilma Rousseff (PT): "é preciso saber qual a posição da presidente sobre a nota de seu partido: ela também apoia os que usam a violência contra o patrimônio público que pertence aos brasileiros e atacam as instituições ou condena a posição de seu partido?". A coordenação da campanha de Dilma não comentou o assunto até o momento.

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