O vice-presidente Michel Temer, que é presidente do PMDB, acusou nesta quinta-feira (25) a Polícia Federal de abordar de forma truculenta e "intimidatória" o candidato ao governo do Maranhão, senador Edison Lobão Filho (PMDB), no aeroporto da cidade de Imperatriz (MA) na noite desta quarta-feira (24).
O candidato, filiado ao PMDB, é filho do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) -peemedebista ligado à cúpula da sigla.
Em nota, Temer afirma que integrantes da Polícia Federal fizeram buscas na aeronave, nos automóveis e nas bagagens de membros da comitiva do candidato, que estava no aeroporto, "sob o pretexto de buscar recursos ilegais de campanha".
Temer também afirma, na nota, que a ação intimidatória dos integrantes da PF não encontrou nenhuma irregularidade e foi baseada em denúncia anônima.
"No estado democrático de direito é inadmissível que forças policiais sejam instrumentalizadas para atingir candidaturas legitimamente constituídas", afirma Temer. "O procedimento foi baseado em denúncia anônima durante o curso da disputa eleitoral intensa", completou o presidente do PMDB.
Segundo integrantes do PMDB, seis homens que se identificaram como policiais federais abordaram Lobão Filho no aeroporto de Imperatriz e executaram a revista em toda a comitiva. O candidato, que havia participado de um ato de campanha na cidade, retornaria para a capital do Estado, São Luís.
Os policiais, de acordo com os peemedebistas, receberam a denúncia de que a comitiva de Lobão Filho transportava malas de dinheiro, mas nada foi encontrado na operação.Temer é candidato à reeleição na chapa da presidente Dilma Rousseff e reassumiu o comando do PMDB desde o início da campanha eleitoral para coordenar as articulações da sigla.