Professor Galdino, vereador| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

O Tribunal Regional Eleitoral determinou nesta quarta-feira (16) a cassação do diploma do vereador Professor Galdino (PSDB). O pedido foi feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). No entendimento da relatora, Renata Estorilho Baganha, Galdino estava com os direitos políticos suspensos quando ocorreu a diplomação dos vereadores, pois havia uma sentença criminal transitada em julgado contra o vereador que não havia sido cumprida. O vereador vai recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Galdino foi condenado em outubro de 2012 por um episódio que ocorreu nas eleições suplementares de 2011, em Bituruna. Ele fazia campanha para o candidato Rodrigo Rossoni (PSDB) e se desentendeu com um funcionário da Justiça Eleitoral. O vereador foi condenado em primeira instância por desacato a autoridade e perdeu o prazo recursal.

O crime é considerado de menor potencial ofensivo e não o torna inelegível. Entretanto, como na data da diplomação, em dezembro de 2012, ele não havia cumprido a pena à qual foi condenado (três meses em regime aberto, convertidos em prestação pecuniária, e multa), seus direitos políticos estavam suspensos.

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Presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV) disse que foi informado da cassação do diploma, mas que não pretende cassar o mandato de Galdino até que haja uma determinação formal da Justiça Eleitoral neste sentido. "Aguardo uma orientação do TRE, sou obrigado a cumprir a sentença. Mas não gosto de ouvir a palavra ‘cassação’. O voto popular é sagrado", comentou. Ele diz, entretanto, que a decisão foi uma "crônica da morte anunciada", já que o imbróglio sobre seu mandato se estende desde o primeiro dia da legislatura.

"Perseguição"

Já Galdino considerou a decisão uma "perseguição" de seus adversários políticos. "Ninguém cassa bandido, ninguém cassa corrupto, ninguém cassa assassino. Tem deputado que é réu confesso por assassinato e nunca foi cassado", desabafou. Ele diz que seus adversários "inventaram essa situação" e "procuraram pelo em ovo" para prejudicá-lo, e que vai recorrer até a última instância. "É muito injusto o que estão fazendo comigo", disse.

Caso a cassação venha a se confirmar, quem assumiria a cadeira seria o suplente Zezinho do Sabará (PSB).

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