O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na noite desta quinta-feira, 9, que o Instituto Paraná Pesquisas envie para a campanha da presidente e candidata do PT, Dilma Rousseff, informações sobre a pesquisa publicada nesta semana que aponta Aécio Neves (PSDB) como favorito no segundo turno*.
Caso não seja possível enviar as cópias de planilhas do Instituto Paraná via e-mail, decidiu o ministro, a campanha de Dilma pode obter os dados diretamente na empresa, fornecendo ao instituto mídia para salvar os dados ou arcando com custos de cópias físicas.
Os documentos, pela determinação do ministro, deverão ser fornecidos no prazo de dois dias. "Intime-se o Instituto Paraná de Pesquisas e Análise de Consumidor para que disponibilize o acesso aos documentos solicitados, preservada a identidade dos entrevistados", decidiu o ministro.
A Coligação Com a Força do Povo, da presidente Dilma, acionou o TSE ontem à tarde, pedindo o acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados da pesquisa realizada pelo instituto. O levantamento foi publicado na quarta-feira, 8, pelo portal da Revista Época.
O PT fundamentou o pedido de informações alegando "necessidade de investigação de supostas irregularidades", como superdimensionamento do porcentual de eleitores com nível superior, ausência de porcentual considerado para cada nível de escolaridade, falta de critérios para ponderação quanto ao nível econômico do eleitor e ausência da designação dos Estados e Municípios em que a coleta foi realizada.
Pela pesquisa do instituto, publicada pelo portal da Revista Época, o adversário tucano da petista na corrida ao Planalto teria 54% das intenções de votos válidos, enquanto Dilma teria 46%.
* Metodologia:
O instituto ouviu 2.080 eleitores maiores de 16 anos em 19 Estados e 152 municípios entre segunda, 6, e esta quarta-feira, 8. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O caso foi distribuído na tarde desta quinta para o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho.
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