O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Antonio Dias Toffoli, negou ontem o pedido do PV para que o horário eleitoral no rádio e televisão fosse adiado em função da morte do candidato Eduardo Campos (PSB). O candidato à Presidência pelo PV, Eduardo Jorge, argumentava que um adiamento de três dias permitiria que a coligação do PSB reestruturasse sua campanha. Toffoli, porém, destacou que o calendário eleitoral é previsto em lei.
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Pouco antes, o mesmo Toffoli havia dito que o TSE poderia avaliar a possibilidade de adiamento do horário eleitoral caso exista um consenso entre todos os candidatos que disputam o pleito. Toffoli destacou, porém, que um eventual consenso entre os partidos não garantiria o adiamento, que teria de ser decidido pelo plenário do TSE. "Os horários eleitorais e o calendário eleitoral são fixados por lei, e não por vontade do TSE. Se houver um pedido conjunto de todos os partidos, a única coisa que posso dizer é que levarei à deliberação do colegiado. Nada mais".
Caso não exista consenso entre os partidos ou a Justiça Eleitoral não adie o horário eleitoral, um imbróglio pode ser criado. Como a coligação do PSB tem até o dia 24 para definir um novo candidato, poderia haver inserções sem que o candidato estivesse definido.
Três ministros do TSE ouvidos pela reportagem disseram, na condição de anonimato, que, mesmo sem candidato, deverá haver veiculação da propaganda caso a coligação entregue os programas à Justiça Eleitoral. O caso, porém, pode levar a questionamentos na Justiça.
Homenagens
A propaganda eleitoral de Dilma Rousseff (PT) terá uma homenagem a Eduardo Campos. Segundo a reportagem apurou, será "uma breve citação" ao candidato. A homenagem deverá ser feita pelo ex-presidente Lula, que era amigo de Campos. Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto, avisou os aliados que vai gravar uma homenagem a Campos, que será exibida no seu primeiro programa.
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