Desde que foi inaugurado em 2010, o Hospital Regional Walter Alberto Pecoits, em Francisco Beltrão, sofre com uma série de problemas estruturais. Além disso, boletim publicado no mês passado pelo SindSaúde apontou carência de funcionários na instituição. Hoje são 35 enfermeiros, enquanto o número ideal seria 50. No total, são 650 servidores, dos quais 540 concursados.
O estabelecimento tem capacidade de 150 leitos, entretanto apenas 110 estão em funcionamento. A atual gestão estadual investiu R$ 1,3 milhão no reparo da rede de gases medicinais, rede elétrica da UTI e na troca da cobertura em virtude de infiltrações.
A direção não consegue colocar o hospital em pleno funcionamento devido à falta de recursos humanos. Para operar com 100% da capacidade ainda são necessários de 70 a 80 técnicos de enfermagem e mais 30 enfermeiros, além de médicos em várias especialidades.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, o número de vagas abertas é menor. Faltam apenas 14 enfermeiros. Um novo concurso com 2 mil vagas para todo o estado está previsto para ocorrer até dezembro.
Outro hospital regional abaixo da capacidade total é o de Ponta Grossa, que se tornou Hospital Universitário. O atual diretor, Everson Khrun, diz que a instituição opera com 90% da capacidade. Ainda faltam um laboratório de análises clínicas, que está em fase de licitação, e uma maternidade, sem prazo para sair.
Caputo avalia que, mesmo ainda sem esses serviços, houve avanço desde a inauguração. "Foi aberto [em 2010] sem funcionário e equipamento e com 10% dos leitos funcionando". No mês passado foram realizadas 250 cirurgias. "Nesses e em outros hospitais temos problemas, como a falta de material, de sabonete a papel toalha", rebate Elaine Rodella, diretora do SindSaúde.
Histórico
Com um custo mensal de R$ 7,5 milhões, segundo o Conselho Municipal de Saúde, o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu também acumula um histórico de dificuldades. Denúncias de mau atendimento e rombo no caixa passaram a rondar a instituição nos últimos anos.
Apesar de ser municipal, a unidade recebe ajuda do governo estadual. Hoje, 70% dos custos são bancados pelo município, 25% pela União, enquanto o estado colabora com apenas 5%.
Com um custo elevado, a prefeitura decretou estado de emergência no ano passado. Na época, o hospital foi submetido a uma auditoria a pedido do Ministério Público. Este ano, a diretoria do hospital foi afastada. No início do mês passado, a prefeitura anunciou a suspensão do atendimento hospitalar para pacientes de municípios vizinhos. No entanto, quase uma semana depois, após negociações, o serviço foi retomado. Hoje, a dívida da Fundação Municipal de Saúde, junto a funcionários e prestadores de serviço, é de aproximadamente R$ 20 milhões.
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