Segundo Debate
Os principais candidatos à Presidência da República voltam a discutir o futuro do país hoje, em debate promovido em parceria pelo SBT, Folha de S. Paulo, UOL e Jovem Pan. O encontro começa às 17h45. Confirmaram presença no evento: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSol), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Ataque
Dilma provoca e diz que programa da rival traz "muita preocupação"
Estadão Conteúdo
A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, concedeu uma rápida entrevista à imprensa ontem, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Dilma afirmou que leu durante o fim de semana o programa de campanha de sua concorrente do PSB, Marina Silva, e se disse "muito preocupada" em relação à criação de empregos, sobretudo no ramo naval e no automobilístico. Dilma não respondeu perguntas dos jornalistas e disse que estava com pouco tempo porque queria ficar com o neto Gabriel, que estava na residência oficial. A presidente ainda afirmou que não foi eleita para "desempregar ou reduzir a importância da indústria".
"Eu fico muito preocupada, eu não fui eleita para desempregar ou reduzir importância da indústria, principalmente aquela que traz inovação. Minha proposta sempre vai ser criar empregos e assegurar que esses empregos sejam cada vez mais qualificados, tanto na indústria naval quanto na automotiva", defendeu.
Antes de sair, os jornalistas tentaram fazer perguntas à presidente sobre outros pontos do programa de governo da concorrente Marina Silva, principalmente sobre o trecho que fala sobre política LGBT, mas Dilma disse apenas que estava sem tempo.
Para Aécio, derrota de Dilma é certa
Candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves (foto) afirmou ontem que já é certa a derrota de Dilma Rousseff (PT) na eleição de 5 de outubro. "O atual governo fracassou, essa é a questão central, e não vencerá as eleições o grupo que está hoje no poder", cravou o tucano, que participou de jogo com artistas e políticos no centro de futebol do ex-jogador Zico, na zona Oeste do Rio de Janeiro. O tucano também voltou a criticar o programa de governo da adversária Marina Silva, do PSB, lançado na sexta-feira. "Não há nada mais velho na política do que o discurso adaptado às circunstâncias do momento", disse, em referência às corriqueiras críticas que Marina faz ao que tem chamado de "velha política".
O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque (PSB), reconheceu que houve "exagero" e "vacilo" da coordenação do programa de governo ao incluir propostas como o casamento civil gay e a criminalização da homofobia. Para ele, as propostas estão fora da alçada da competência do poder Executivo, cabendo ao Congresso Nacional legislar sobre o assunto.
"O exagero e o vacilo da nossa coordenação de programa foi estabelecer compromisso com aquilo que só o Parlamento pode fazer. Não há recuo", disse o deputado federal gaúcho, que participou ontem de um ato de campanha em Porto Alegre.
Divulgado na última sexta-feira, o projeto de governo do PSB defendia o apoio a propostas legislativas em defesa do casamento civil igualitário entre pessoas do mesmo sexo e fazia menção à aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia. No dia seguinte, o texto do programa foi alterado e uma nota foi emitida pelo próprio partido.
Mesmo com as mudanças, Albuquerque ainda afirmou que o programa de Marina voltado para o grupo LGBT é "mais avançado" que o dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). "É só ler os programas de ambos para ver que nós temos compromissos muito mais claros, muito mais inequívocos em relação a isso", afirmou.
O programa recebeu manifestações de apoio da comunidade LGBT nas redes sociais, mas ao mesmo tempo sofreu críticas de pastores e políticos da bancada evangélica, que insinuaram que ela perderia apoio das igrejas Marina faz parte da Assembleia de Deus.
Maioria no Congresso
Numa resposta a críticas de PT e PSDB sobre a governabilidade em um possível governo Marina Silva, Albuquerque afirmou que a presidenciável vai construir uma maioria no Congresso Nacional caso seja eleita. "Tenho certeza que nós não teremos no Congresso minoria, nós vamos construir essa maioria, mas sem cacifar as velhas raposas. Você tem de ter uma base respeitada, altiva", disse Albuquerque.
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