Com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cada vez mais atento e menos tolerante com "ataques pessoais" entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na propaganda eleitoral gratuita do rádio e da televisão, os dois presidenciáveis elevaram o tom nas campanhas de ruas. Ontem, em Campo Grande (MS), o tucano prometeu "libertar o Brasil do PT". Recebeu o troco do presidente Lula, que em Goiana (PE), disse que Aécio "não é homem sério e de respeito". Enquanto isso, o TSE suspendeu inserções do PSDB que usam áudio em que Dilma faz supostos elogios a Aécio. Também foi proibido de veicular novamente propaganda que insinua que o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão, integraria a equipe de Dilma em um eventual segundo mandato.
Dilma usa falta de água em SP para minar rival
Das agências
Em campanha em Pernambuco, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) voltou a dizer ontem que há falta de planejamento e gestão dos governos tucanos e usou novamente a crise hídrica vivida no estado de São Paulo em discurso em Petrolina (PE). "São Paulo, o estado mais rico do país, não se preparou para a seca. Já o governo federal se preparou e trouxe água para o Nordeste", disse a presidente ao lado do seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente destacou os investimentos do governo federal para garantir o abastecimento no Nordeste e disse ter orgulho por ter construído 1 milhão de cisternas no Semiárido nordestino. "Levamos água para nossa gente. Hoje aqui no Nordeste tem cisternas. Tem casa para morar. Tem garantia da continuidade do Bolsa Família", afirmou.
Já Lula atacou mais diretamente o presidenciável tucano. O ex-presidente e fiador da candidatura de Dilma disse que Aécio mostrou que não é um "homem sério e de respeito" por ter atacado a petista nos debates na TV. "Só pode fazer isso alguém que não aprendeu a educação no berço."
"Vou libertar o Brasil do PT", promete tucano
Das agências
Em um dos discursos mais exaltados da campanha até agora, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) declarou ontem que irá "libertar o país do PT", e que "não tem medo" dos adversários. "Quero dizer a todos os brasileiros: comigo, não. Eu não tenho medo do PT. Vou vencer o PT", bradava, com voz rouca e sob aplausos e gritos de cerca de 2 mil pessoas, que agitavam bandeiras a cada crítica ao partido. "Vou libertar o país desse partido político que tomou conta do Brasil e esqueceu dos brasileiros." O comício foi numa associação em Campo Grande, com a participação do candidato tucano ao governo de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, eleitores e militância paga.
Aécio disse que vai "refundar a Federação do Brasil". "Vou vencer as eleições e vou tirar o PT do governo federal", afirmou. O candidato ainda pediu que os militantes sejam a sua "voz rouca para dizer: basta de PT". "Sejam a minha coragem, a minha determinação."
Aécio também foi perguntado, durante coletiva, sobre o problema hídrico de São Paulo. Ele voltou a dizer que, se o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), tivesse uma parceria maior do governo federal, os resultados teriam sido melhores.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano