A economia brasileira começou a se recuperar no segundo semestre mas um novo ciclo de expansão depende da reeleição da presidente Dilma Rousseff, acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega. No caso de vitória do candidato do PSDB, Aécio Neves, Mantega vê risco de recessão.

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Ele acha que os tucanos eliminarão empréstimos subsidiados para investimento, desmontarão a política industrial, farão um forte ajuste de preços administrados e a inflação só poderá ser controlada com grande elevação de juros, recessão e desemprego.

Se Dilma for reeleita e a atual política econômica, mantida, o País poderá ver o PIB crescer de 2% a 3% no próximo ano. "É possível que melhore o cenário internacional, com mais mercado para as nossas exportações", afirmou Mantega, na terça-feira, 14 em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

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"A pressão inflacionária será menor na economia brasileira, porque uma parte dessa pressão veio de fora. Com isto, o BC (Banco Central) poderá fazer uma política de crédito mais flexível. Hoje, a economia está girando sem crédito para consumo embora haja crédito abundante para investimento", completou.

Já no caso de eleição de Aécio e da chegada do ex-presidente do BC Arminio Fraga para assumir a Fazenda, o quadro seria sombrio. "O candidato a ministro da Fazenda falou que vai acabar com os subsídios, acabar com desonerações. Certamente o investimento vai se retrair", afirmou Mantega.

Para ele, na visão tucana o importante seria "fazer um ajuste fiscal forte, atingir o centro da meta de inflação rapidamente e câmbio flutuante". Isso levaria a uma alta na taxa de juros. "Para nós, o tripé é condição necessária, mas não suficiente. Eles vão desmontar a política industrial, vão retirar subsídios e vão deixar a indústria submetida à competição externa", disse Mantega.

O ministro creditou o baixo crescimento dos últimos anos a um cenário de crise na economia mundial. Mantega negou que o governo esteja segurando reajustes de tarifas administradas: "É um equívoco dizer que há preços reprimidos e que, para controlar a inflação, a gente esteja controlando preços". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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