Também como parte da delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010, foi financiada, em parte, com dinheiro proveniente da estatal. Além disso, o doleiro entregou aos investigadores uma lista com o nome de 28 parlamentares da base aliada do governo que eram financiados pela quadrilha. Segundo Youssef, dependendo da importância de cada parlamentar, os pagamentos variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil por mês. Os nomes não foram revelados. As informações são da revista Veja.
De acordo com a reportagem, o doleiro contou que o esquema de arrecadação começou em 2006, um ano depois de o mensalão ter sido denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson. Confirmou também que a indicação do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa foi negociada com o então presidente Lula diretamente pelo ex-deputado José Janene (PP), já morto, envolvido no esquema do mensalão.
Segundo a revista, Youssef entregou uma série de documentos e planilhas às autoridades, que formam um imenso "quebras-cabeças, cuja imagem será formada por Paulo Roberto Costa". Além de confirmar informações dadas por Costa, a Veja informa que o doleiro revelou o "funcionamento de um requintado esquema para repassar dinheiro fruto de corrupção a campanhas eleitorais dando às operações a fachada de legalidade". Youssef contou ainda que as empresas faziam doações legais, registradas na Justiça Eleitoral, mas o dinheiro vinha de contratos com a Petrobras artificialmente inflados por aditivos e sobrepreços.
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