Segundo colocado na disputa pela prefeitura de Curitiba em 2012, Ratinho Jr. (PSC) ainda desconversa quando perguntado se participará do pleito de outubro. A indefinição, porém, não impede que ele adote um discurso de candidato ao falar da administração Gustavo Fruet (PDT). “É uma gestão mediana. Não houve uma obra de grande impacto”, afirma.
TV GAZETA: Assista à íntegra da entrevista com Ratinho Jr. (PSC)
Sobre a desintegração do sistema de transporte público, atribui “100% do erro” ao pedetista e afirma que sua primeira medida como prefeito será reintegrar a rede. Ratinho ainda defende o reajuste fiscal feito pelo governo Beto Richa (PSDB) e diz que Executivo e professores erraram no confronto de 29 de abril.
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Entrevistado na série de sabatinas da Gazeta do Povo com os pré-candidatos a prefeito da capital, Ratinho declarou ter vontade de disputar novamente o cargo, mas justificou que essa decisão dependerá dos rumos políticos e econômicos do país neste primeiro semestre.
Rememorando erros e acertos da derrota para Fruet no segundo turno em 2012, ele disse que dois pontos foram fundamentais para o resultado: a falta de padrinhos políticos fortes contra o maciço apoio do governo federal ao pedetista; e a decisão da população conservadora de Curitiba pela segurança de eleger um parlamentar experiente e ligado à cidade. “Ouvi bastante que eu era jovem e poderia deixar para a próxima. Eu também veria com certo receio um jovem de 30 anos administrar uma cidade do tamanho de Curitiba.”
Entrevista com Ratinho Jr
Mais provável candidato do PSC à prefeitura de Curitiba, Ratinho diz que sua primeira medida seria a reintegração do sistema de ônibus com a região metropolitana.
+ VÍDEOSAtual secretário estadual do Desenvolvimento Urbano na gestão Richa, Ratinho manteve apoio firme ao tucano, que, desde a batalha do Centro Cívico, está com baixíssimos índices de popularidade. Para ele, o ajuste fiscal – acompanhado de mudanças na Paranaprevidência – era absolutamente necessário, ou o estado não teria como honrar com a folha do funcionalismo nos meses seguintes. Apesar de reconhecer que, em parte, erros do próprio Richa na primeira gestão provocaram problemas no caixa estadual, Ratinho defendeu que a “medida amarga” tirou o estado da UTI.
“Agora, é preciso dividir isso da questão dos professores. [A violência foi] algo lamentável, não há o que questionar”, argumentou. “Mas não podemos esquecer que houve motivação política muito grande [sobre os professores]. O erro do governo foi ter entrado nesse jogo, que levou a erros de ambos [na questão da violência].”
Gestão Fruet
Ex-colega de Fruet na Câmara dos Deputados, Ratinho não poupou críticas à atual gestão da prefeitura de Curitiba. Segundo ele, o pedetista tem dificuldades em tomar decisões e em fazer um planejamento para a cidade, além de ter dobrado a dívida do município apesar de o orçamento ter crescido quase 20% desde que assumiu. “Não me frustro, porque não tinha perspectivas de que ele fizesse uma gestão fantástica. Tanto que, no debate do segundo turno [em 2012], ele deixou claro que não tinha experiência administrativa.”
Como exemplo, Ratinho citou a desintegração da Rede Integrada de Transporte (RIT), que reunia o transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, no início de 2015. “Acredito que o Gustavo foi induzido ao erro. A Urbs dizia que a região metropolitana fazia o sistema ser caro, mas hoje ela não custa nada para Curitiba e o sistema continua sendo um problema. Foi um erro absurdo acabar com um projeto vitorioso de 25 anos.”
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