Greca e Leprevost| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/

A surpresa que levou, de última hora, Ney Leprevost (PSD) ao segundo turno com Rafael Greca (PMN) reconfigurou o panorama de apoios para as eleições de Curitiba. Agora, as seis coligações restantes terão que definir entre dois candidatos mais alinhados à direita e com perfis bastante semelhantes – especialmente se comparado ao segundo turno previsto durante a maior parte da campanha, entre Greca e Gustavo Fruet (PDT) –, ou ainda se declaram neutralidade.

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A posição mais aguardada é a do atual prefeito. A coordenação da campanha informou que Fruet não tratará desse assunto pelo menos nos próximos dois dias e que o pedetista não falou nem com Greca nem com Leprevost. Pelo percurso da campanha, é provável que o pedetista e o partido decidam não irão apoiar o ex-prefeito e candidato pelo PMN.

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O candidato que se manifestou com mais ênfase até o momento foi Requião Filho (PMDB). Ele, que durante toda a campanha foi o que mais criticou Greca por sua aliança com Beto Richa (PSDB) – mais até do que o atual prefeito, garantiu que não apoiará o “candidato do governador”. “[Richa] acabou de mandar emenda à LDO, cancelando a correção salarial dos servidores. Ou seja, ele esperou passarem as eleições para oficializar o calote”, critica. Requião Filho diz que aguarda uma ligação de Ney Leprevost, que irá rever o plano de governo do candidato do PSD e que a decisão final será tomada nesta semana em conjunto com o partido.

Ainda nesta semana também deverão se posicionar o PT, do candidato Tadeu Veneri, que se reúne na sexta-feira, e o PSol, de Xênia Mello. Ambos terão dificuldades em escolher entre os dois candidatos, já que a divergência ideológica é grande. A assessoria do PSol já indica que possivelmente não apoiará ninguém.

A coligação da candidata Maria Victória (PP), que envolve seis partidos, deve se reunir dos próximos dias. No debate da RPC, último antes do primeiro turno, parecia haver uma “dobradinha” entre Greca e Maria Victoria, que se escolhiam mutuamente na hora das perguntas, sempre em tom bastante amigável.

O candidato Ademar Pereira (Pros) disse que, até o momento, não foi consultado. A princípio, ele não tem preferência e não está fechado com nenhum dos candidatos.