O domingo (2) também é de votação para os candidatos à prefeitura de Curitiba. Maria Victoria (PP) fechou a “corrida as urnas” por volta das 13 h. Antes dela, pela manhã, Requião Filho (PMDB), Tadeu Veneri (PT), Gustavo Fruet (PDT) , Ademar Pereira (Pros), Ney Leprevost (PSD), Xênia Mello (PSOL) , Rafael Greca (PMN) votaram.
Segundo a pesquisa Ibope* divulgada neste sábado (1.º), Rafael Greca lidera as intenções, com 30%, e há um empate técnico entre o segundo colocado: Gustavo Fruet (PDT) com 19% e Ney Leprevost (PSD) com 15%. Requião Filho aparece em 4º lugar, com 8%.
Com 7% das intenções, Maria Victoria vem logo depois, seguida por Tadeu Veneri (5%), Ademar Pereira (1%) e Xênia Mello (1%).
Votação
O primeiro a votar foi Tadeu Veneri (PT), no Tarumã, por volta das 9h15. Ele estava acompanhado de vários companheiros de partido, como os candidatos a vereador Professora Josete e André Machado, além do Doutor Rosinha e da senadora Gleisi Hoffmann.
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Requião Filho, que disputa o comando da prefeitura de Curitiba pelo PMDB, chegou para votar acompanhado do pai, o senador Roberto Requião. Ele compareceu às urnas no Colégio Estadual Júlia Wanderley, no bairro Batel.
Candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT) compareceu por volta das 9h30 ao seu local de votação, a Unicuritiba, no bairro Rebouças. Ele estava acompanhado de sua esposa e presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Márcia Fruet, e do candidato a vice, Paulo Salamuni (PV).
O candidato Ademar Pereira (Pros) também votou perto das 9h30. Ele chegou na FAS do Campo Comprido ao lado da esposa, do casal de filhos e dos netos. Também estava junto dele o vereador Tico Kuzma.
Confiante no segundo turno, o candidato Ney Leprevost (PSD) chegou à Sociedade Iguaçu por volta das 10h50, acompanhado da esposa Carina, do filho Pedro e dos sobrinhos. Ele falou com a imprensa e disse estar certo num resultado neste domingo (2) que possa render a ele a entrada na disputa do 2º turno.
No fim da manhã, Rafael Greca (PMN) também foi às urnas. Ele chegou acompanhado da mulher, Margarita Sansone, falou com a imprensa e também cantou o hino de Curitiba.
Por volta das 11 horas, foi a vez de Xênia Mello (PSOL) votar. Ela “cumpriu sua obrigação” no Colégio Expoente, no Água Verde. Logo cedo, ela acompanhou o candidato a vereador Bernardo Pilotto, do mesmo partido.
Maria Victoria, do PP, fechou périplo. Ela votou acompanhada do pai, o ministro da Saúde Ricardo Barros, e da mãe, a vice-governadora Cida Borghetti.
Como foi o voto dos candidatos
Usando vermelho – a cor símbolo do PT – Veneri compareceu ao seu local de votação por volta das 9h15. Ele concedeu entrevista aos jornalistas e disse estar otimista, com expectativa de ter uma boa votação. Ele entrou na sala acompanhado dos netos João e Gustavo. Segundo a assessoria de imprensa da campanha de Veneri, o candidato irá aguardar o resultado das urnas no diretório estadual do PT.
Requião Filho (PMDB) ressaltou, na manhã deste domingo (2) que tem plenas condições de chegar ao segundo turno da eleição à prefeitura de Curitiba. Acompanhado do pai, senador Roberto Requião, o candidato atacou a credibilidade das pesquisas do Ibope, que o mostram em quarto lugar e destacou que sua candidatura vem em ascensão.
“O candidato do Beto Richa [Rafael Greca] vem caindo vertiginosamente. A rejeição do Gustavo continua alta. Temos a possibilidade de mostrar a Curitiba que podemos pôr a máquina para funcionar”, disse Requião Filho, que votou no colégio Júlia Wanderley, no Batel. “ Acredito num desespero do Ibope para eleger seu candidato, afinal de contas, o Ibope tem patrão. Vamos aguardar que a população não se deixe levar por pesquisas mentirosas”, completou.
O candidato considera que fez uma campanha limpa e propositiva, mas questionou a estratégia de adversários. “Teve muita gente vendendo terreno na lua”, resumiu. Ai da assim, ele avaliou sua primeira disputa a um cargo ao Executivo como positiva. “ Tenho certeza de que Curitiba vai saber reconhecer isso”, apontou.
Após votar, Requião Filho disse que seguiria à casa da família, de onde acompanharia a votação, na companhia da mulher e dos filhos gêmeos. Caso não vá para o segundo turno, ele ainda não definiu eventual apoio. “Vou ver as propostas dos candidatos, os que têm propostas factíveis”, disse.
O senador Roberto Requião, por sua vez, elogiou a campanha do filho, feita com poucos recursos financeiros. “ Foi uma campanha absolutamente sem dinheiro. O programa de tevê dele foi feito com telefone celular. Foi uma campanha baratíssima, em que ele participou como deveria “. Questionado se o filho iria para o segundo turno, limitou-se a responder ao estilo Requião. “Daqui a pouco a gente vai saber”.
Em busca da reeleição, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), foi um dos primeiros candidatos na majoritária a votar em Curitiba. Ele chegou ao local de votação, na Unicuritiba, bairro Rebouças, por volta das 9h30, acompanhado da esposa e presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Márcia Oleskovic Fruet, e do candidato a vice-prefeito, Paulo Salamuni (PV).
Antes de seguir até a cabine de votação, Fruet conversou com jornalistas e cumprimentou eleitores. Ele se mostrou bastante confiante em relação ao segundo turno. “Há uma tendência muito forte e aí sim no segundo turno muito mais tempo, espaço e oportunidade para confrontar as ideias com relação futuro de Curitiba e com relação aos candidatos”, afirmou.
Fruet comentou que, a exemplo da eleição passada, o pleito é um processo de questionamento, no qual não se tem muitas informações sobre a preferência do eleitorado até o encerramento da votação nas urnas. Historicamente, as pesquisas, conforme ele, por razões metodológicas, acabam não apontando tendências, mas a confiança na rua. “Percebemos uma eleição que começou num cenário e tomou outro ritmo na etapa final. A população, na última semana, se liga muito mais no processo de escolha”, acredita.
O pedetista também analisou que a campanha foi positiva e entusiasmada, apesar de mais curta neste ano, em função da nova lei eleitoral. Além de menos entrevistas e debates, observou, a disputa está acontecendo em meio a um cenário bastante novo na história da democracia brasileira. “Também tivemos um momento com a população com bastante indignação, vivemos uma sequência de notícias que não são normais na democracia. Tivemos impeachment, cassação do presidente da Câmara, a Lava Jato com uma sequência de investigações. Mesmo assim, é uma oportunidade de priorizar o debate local”, salienta.
Para o atual prefeito, os serviços de Curitiba não foram afetados pelo período das eleições e isso foi um ponto benéfico. “Para quem disputa reeleição num cenário de crise, Curitiba foi uma cidade que não entrou em colapso a exemplo de outras cidades, do governo do estado, do governo federal e meu desafio é mostrar esse legado de manutenção dos serviços da cidade, de equilíbrio fiscal, de responsabilidade, e avanços em algumas medidas”, disse ele, ao definir que conclui essa fase com tranquilidade, de “alma leve”. “Com sentimento de missão cumprida nesse período e muita confiança que vamos dar um salto de qualidade no futuro”, frisou.
Fruet iria ainda acompanhar a esposa e o candidato a vice em seus respectivos locais de votação, no Bairro Alto e Jardim Botânico. Ele informou que vai aguardar o resultado deste primeiro turno em casa, com a família.
Conforme relatou sua assessoria de imprensa, Pereira falou com jornalistas na chegada e na saída do colégio eleitoral, a FAS do Campo Comprido. Ele comemorou a campanha e disse ter se surpreendido positivamente sobre todas as oportunidades que teve para discutir a cidade.
Ney Leprevost (PSD) chegou à Sociedade Operária Beneficente Esportiva Iguaçu, no Butiatuvinha, por volta das 10h50, acompanhado da esposa Carina, do filho Pedro e de sobrinhos. Antes de se dirigir para a cabine de votação, ele cumprimentou eleitores, falou com a imprensa e disse não ter dúvidas de que irá para o segundo turno e, de lá, para uma grande vitória.
“A campanha cresceu graças à colaboração dos curitibanos, que querem uma administração eficiente, um prefeito com ficha limpa e que o poder público trabalhe de forma mais competente para resolver os problemas da população”, avaliou.
Perguntado sobre a diferença entre os números da pesquisa de intenção de votos divulgada neste sábado (1º) pelo Ibope em relação às anteriores, o candidato disse que o instituto foi obrigado a reconhecer o crescimento de sua campanha e lembrou a queixa-crime que apresentou à Polícia Federal contra o instituto. “Tenho precauções em relação às pesquisas do Ibope. Agora, dizer se houve fraude ou não, caberá à Polícia Federal, que é quem está com esta documentação em mãos”, completou.
Leprevost lembrou que é com o voto que os eleitores podem combater os “maus políticos” e melhorar a saúde, a educação, a segurança e a mobilidade urbana. Reafirmou ainda que, se eleito, irá cortar pelo menos 40% dos cargos em comissão e que sua esposa, Carina, não será presidente da FAS (Fundação de Ação Social).
O candidato ainda iria acompanhar a esposa em seu local de votação, no Bigorrilho. Ele disse que irá acompanhar a apuração dos votos na casa dos pais, com a família.
Rafael Greca (PMN) chegou para votar no Colégio Júlia Wanderley - mesmo local de votação de Requião Filho -, apostando na vitória em primeiro turno. “Me diz a população, por telefone, por WhatsApp, pelo olhar, que pode ser que hoje o 33 conheça o doce abrigo das asas da vitória. Eu posso, quero e vou conseguir ser o melhor prefeito que Curitiba já teve, inclusive ganhando de mim mesmo, na outra vez [em que foi prefeito]”
O candidato votou acompanhado da mulher, Margarita Sansone, e cantou o hino de Curitiba. Greca também comentou a declaração a respeito de um morador de rua, depois da qual sua candidatura caiu nas pesquisas de intenção de voto .
”Me deu a chance de mostrar que sou um militante do serviço social. Naquela noite, a pessoa desvalida foi acolhida, foi amparada, encontrou abrigo e alimento. É isso que quero fazer por Curitiba”.
Greca avaliou que sua candidatura começou “humilde, com um pequeno partido e dois segundos em tevê”, mas que crescer a partir de um “amplo arco de alianças”. Segundo ele, são essas alianças que devem definir os apoios em um eventual segundo turno. “Os partidos que nos apoiam vão definir a estratégia”, sintetizou. Questionado se preferiria enfrentar Gustavo Fruet ou Ney Leprevost no segundo turno - que aparecem em empate técnico nas pesquisas -, Greca saiu pela tangente. “O povo decidirá”, finalizou.
Greca canta o hino de Curitiba:
Logo cedo, a candidata Xênia Mello acompanhou o candidato a vereador Bernardo Pilotto, também do PSOL. Pilotto votou no mesmo colégio eleitoral de Requião Filho e Rafael Greca. Por volta das 11 horas, Xênia chegou para votar no Colégio Expoente, no Água Verde, e enfrentou uma pequena “agitação”. É que a candidata não levou o título de eleitor e não sabia em qual seção tinha que votar. Após encontrar o local, ela teve, segundo sua assessoria de imprensa, de esperar em uma fila por cerca de dez minutos.
Na chegada ao colégio eleitoral, Xênia falou com repórteres. Conforme a assessoria de imprensa, a candidata ressaltou o engajamento dos jovens em sua campanha. Ela ainda lamentou o fato de ter sido deixada de lado nos debates organizados por TVs locais, mas se disse animada com a possibilidade de seu partido eleger, neste pleito, o primeiro vereador para Curitiba.
A candidata Maria Victoria (PP), deputada estadual, chegou ao colégio Positivo, no Bigorrilho, por volta das 13h. Ela veio acompanhada do namorado Diego, da mãe, a vice-governadora Cida Borghetti, do pai, o ministro da Saúde Ricardo Barros, da avó Ires Anna Borghetti, de 90 anos, e do candidato a vice-prefeito Luciano Pizzatto (PRTB). A progressista conversou com eleitores e jornalistas e não precisou esperar muito para votar em sua seção eleitoral.
Maria Victoria disse que tem fé e esperanças de ir para o segundo turno. “Fizemos o que estava em nossas mãos. Agora está nas mãos de Deus”, definiu. Segundo ela, a eleição está aberta. A deputada também preferiu não falar em apoios após esta etapa no pleito. “Na realidade, a expectativa é de segundo turno. A pesquisa da Banda B indicou três candidatos fortes para a vaga do segundo turno. Depois vamos ver o que vamos fazer”, afirmou.
Para a candidata, a campanha, apesar de mais curta, contou com muitas sabatinas e entrevistas. “Foi uma campanha que valeu a pena, cada dia”, definiu.
O pai dela, o ministro da Saúde Ricardo Barros, analisou que Maria Victoria fez uma campanha equilibrada, com um bom desempenho junto à imprensa e ao público. Ele e a esposa votaram mais cedo em Maringá, onde apoiam Sílvio Barros (PP), irmão de Ricardo, para prefeito. “Sem dúvida, ela foi a candidata mais regular, mais consistente. Demonstrou melhor preparo na eleição, propostas claras, viáveis, não cometeu nenhum deslize no processo eleitoral. Ela construiu a sua imagem, consolidou uma posição política na capital e certamente seguirá para o segundo turno ou para próximas eleições onde poderá demonstrar ainda mais que se preparou para a vida pública”, comentou Barros.
O ministro também preferiu não dizer sobre sua preferência de apoio, caso a filha não siga para o próximo turno desta eleição para prefeito. “Ela fez com todos os candidatos uma eleição cortes, não agrediu ninguém, vendeu seu peixe, colocou suas propostas. Não vejo que tenha dado preferência a nenhum candidato”, observou ele, ao ser questionado sobre a “dobradinha” de Maria Victoria com Greca no debate realizado pela RPC.
A candidata seguiria ainda para o Colégio das Irmãs, para acompanhar a avó em sua votação. Ela também deve aguardar o resultado do primeiro turno com a família e amigos.
*Ficha técnica: A pesquisa foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e foi realizada entre os dias 28 de setembro e 1.º de outubro com 1.001 eleitores. A margem de erro da pesquisa estimulada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo Nº PR-05284/2016.
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