Os candidatos à Prefeitura de Curitiba participaram na manhã desta quinta-feira (18) da assinatura de termos de compromisso para transparência, sustentabilidade e esporte como prioridades na gestão da capital. O evento foi promovido pelo Movimento Nossa Curitiba na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e reuniu oito dos nove candidatos ao Poder Executivo municipal.
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De acordo com o coordenador do Programa Cidades Sustentáveis Maurício Broinizi Pereira a carta compromisso assinada pelos candidatos não impõe nenhum conteúdo específico. “O que a gente pede aos candidatos quando se tornarem prefeito, é que trabalhem os indicadores da cidade”, disse. “Que a gente possa avançar ainda mais nesse objetivo de ser exemplaridade para o resto do país”, completou.
DISCURSOS: O que cada candidato falou
Por sorteio, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) foi o primeiro a assinar os termos de compromisso. Entre os projetos apresentados pelo candidato está a intenção de tornar equipamentos públicos autossustentáveis. “No caso da energia elétrica, com células fotovoltaicas, produzindo energia nos terminais e equipamentos públicos”, exemplificou Veneri.
O candidato também falou sobre transparência. “Nós temos na política, na política partidária principalmente, uma grande dificuldade. A dificuldade de sermos o tempo todo ou parte do tempo fiscalizados”, disse. Todos dizem que são transparentes, mas na hora que se apresente qualquer projeto que busque fazer minimamente um acompanhamento das nossas ações, inclusive na Assembleia Legislativa, todos são contrários”, finalizou.
“A minha adesão a esse plano prende-se a esse novo momento que nós vivemos. Um momento importante de buscarmos novas energias e de buscarmos uma história melhor”, disse o candidato Rafael Greca (PMN). “Uma cidade com nome de árvore, de semente de árvore, tem responsabilidade de buscar sempre e mais para o alto o caminho da luz e do bem”, concluiu.
“Curitiba já foi considerada capital ecológica e precisa retomar seu bom caminho de sustentabilidade. Mas não sustentabilidade só no meio ambiente, sustentabilidade em tudo, na educação, no esporte, na segurança”, disse a deputada Maria Victoria (PP). “O esporte também é fundamental, mesmo porque tem um impacto direto na saúde”, completou.
Para Ademar Pereira (PROS), falar sobre sustentabilidade é uma obrigação não apenas dos candidatos à Prefeitura, mas de todos os cidadãos. “Curitiba já foi vanguarda na separação do lixo, mas isso foi há muitos anos. Com tudo que foi investido no início do projeto, hoje só conseguimos separar 17%”, disse o candidato.
O deputado Ney Leprevost (PSD) afirmou que a sustentabilidade precisa ser a maior prioridade do próximo prefeito da cidade. Ele também afirmou, ao assinar o compromisso Cidade do Esporte, que a prática esportiva é um mecanismo para retirar crianças das ruas. “Eu tenho muita identidade com a área de esporte. Sou autor da lei municipal de incentivo ao esporte de Curitiba. Mas o mais importante dessa lei de incentivo ao esporte é que ela é um excelente instrumento para mantermos as crianças longe das ruas, longe do crime”, disse o candidato.
O candidato Requião Filho (PMDB) esteve presente no evento e assinou os termos de compromisso, mas não discursou. O deputado saiu mais cedo para outros compromissos. Quem falou em seu lugar foi Elói Casagrande, coordenador de formação política na área de sustentabilidade da Rede. “Curitiba está precisando melhorar a qualidade dos projetos”, afirmou. “A gente vê com o que está acontecendo nas Olimpíadas, quando tem um atleta que se destaca, se tem comentários que aquilo é um milagre. É só por milagre mesmo, não tem nenhuma formação, não tem nenhum investimento sério nesta área. Nós não precisamos de milagres, precisamos de programas com critérios, informação para que a gente possa ter as coisas”, concluiu.
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) foi o último a falar, e durante seu discurso aproveitou para destacar os resultados ambientais, econômicos e financeiros de sua gestão. “Muito mais do que firmar um novo compromisso ou de na retórica garantir o compromisso de efetividade das ações, eu quero deixar aqui hoje o primeiro relatório da gestão que nós cumprimos agora”, disse Fruet. Entre os resultados, o candidato à reeleição destacou projetos de sustentabilidade financeira, social e ambiental realizados ao longo da gestão.
A candidata do PSOL Xênia Mello aproveitou o espaço para falar na desigualdade encontrada na capital. “A gente precisa denunciar o mito de cidade modelo. “Uma pessoa que vive no Tatuquara vive em média 12 anos a menos que uma pessoa que vive no Batel, ou seja, a cidade não é democrática”, criticou a candidata.
Veja o que disse cada candidato:
Tadeu Veneri (PT)
Nós temos na política, na política partidária principalmente, uma grande dificuldade. A dificuldade de sermos o tempo todo, ou parte do tempo, fiscalizados. Nós temos uma aversão a sermos fiscalizados. O Poder Executivo tem aversão, o Poder Legislativo tem aversão o Ministério Público e o Poder Judiciário. Ninguém gosta, ou pelo menos publicamente ninguém concorda que goste de ser fiscalizado. Todos dizem que são transparentes, mas na hora que se apresente qualquer projeto que busque fazer minimante um acompanhamento das nossas ações, inclusive na Assembleia Legislativa, todos são contrários.
Ney Leprevost (PSD)
Eu tenho muita identidade com a área de esporte. Sou autor da lei municipal de incentivo ao esporte de Curitiba. Inclusive alguns atletas incentivados por essa lei estão nas olimpíadas. Mas o mais importante dessa lei de incentivo ao esporte é que ela é um excelente instrumento para mantermos as crianças longe das ruas, longe do crime.
Maria Victoria (PP)
Curitiba já foi considerada capital ecológica e precisa retomar seu bom caminho de sustentabilidade. Mas não sustentabilidade só no meio ambiente, sustentabilidade em tudo, na educação, no esporte, na segurança.
Xênia Mello (PSOL)
Quando a gente fala de Curitiba a gente precisa denunciar a desigualdade que existe nessa cidade. E os indicadores trazem essa afirmação no sentido de que uma pessoa que vive no Tatuquara vive em média 12 anos a menos que uma pessoa que vive no Batel, ou seja, a cidade não é democrática.
Rafael Greca (PMN)
A minha adesão a esse plano prende-se a esse novo momento que nós vivemos. Um momento importante de buscarmos novas energias e de buscarmos uma história melhor. [...] Uma cidade com nome de árvore, de semente de árvore, tem responsabilidade de buscar sempre e mais para o alto o caminho da luz e do bem.
Gustavo Fruet (PDT)
Gostaria de agradecer o convite e reafirmar o compromisso já firmado na eleição passada. Muito mais do que firmar um novo compromisso ou de na retórica garantir o compromisso de efetividade das ações, eu quero deixar aqui hoje o primeiro relatório da gestão que nós cumprimos agora mostrando várias ações que foram realizadas ao longo desse período absolutamente de acordo com a agenda assumida no processo eleitoral de 2012.
Ademar Pereira (PROS)
Curitiba já foi vanguarda na separação do lixo, mas isso foi há muitos anos. Com tudo que foi investido no início do projeto, hoje só conseguimos separar 17%”. [...] A sustentabilidade tem três pilares: tem que ser viável econômica, social e ambientalmente.
Elói Casagrande, representante de Requião Filho (PMDB)
“A gente vê com o que está acontecendo nas Olimpíadas, quando tem um atleta que se destaca, se tem comentários que aquilo é um milagre. É só por milagre mesmo, não tem nenhuma formação, não tem nenhum investimento sério nesta área. Nós não precisamos de milagres, precisamos de programas com critérios, informação para que a gente possa ter as coisas.”
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