Fora dos programas propostos pelos dois candidatos a prefeito de Curitiba, o projeto do metrô ainda não foi descartado completamente pelos colaboradores técnicos da campanha de Rafael Greca (PMN). Tudo dependeria de recursos extras da esfera federal.Mas esse modal, no entanto, é praticamente carta fora do baralho nos planos da campanha do candidato Ney Leprevost (PSD). O metrô ligaria a região Sul e Norte da capital, passando pela Avenida República Argentina.
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Para fazer essa ligação entre os extremos da cidade, os dois concorrentes têm propostas semelhantes para um novo modal na cidade que deve atingir, principalmente, a Linha Verde. A equipe de Greca é entusiasta do Veículo Leve sobre Pneus (VLP). A de Leprevost prefere o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nenhum deles é de alta capacidade, como o metrô. Também não emitiriam poluentes, por serem elétricos. O objetivo dos dois programas é utilizar o traçado do BRT que já existe naquela região, com ampliações nos sentidos Norte e Sul. A ideia é fazer a ligação entre as cidades da região metropolitana, Colombo e Fazenda Rio Grande, tendo Curitiba como passagem. Para isso, os dois esperam apoio do governo estadual para integração da linha com as duas cidades vizinhas.
Eletromobilidade
Os dois candidatos ainda podem usar o programa atual proposto pela equipe de Gustavo Fruet (PDT): a proposta de Eletromobilidade, uma bandeira do atual prefeito. O grupo de Leprevost, que encampou a ideia do VLT até avalia, como possibilidade, implantá-lo pelo projeto de Eletromobilidade em andamento. Atualmente, a prefeitura estuda o resultado da Pesquisa de Manifestação de Interesse (PMI). A Eletromobilidade permite ter como modal tanto o VLT como o VLP. Um dos trechos previstos pela gestão Fruet passa pela Linha Verde, como pretendem os dois candidatos. Ligaria os bairros Atuba e Tatuquara.
“O custo de implantação do metrô pode chegar em até R$ 200 milhões por quilômetro, enquanto o do VLT chega a R$ 60 milhões por quilômetro. Ou seja, O VLT torna-se uma opção mais viável e com mais vantagens”, afirmou a assessoria de Leprevost, por nota. Apesar da estimativa, a campanha do PSD acredita que apenas uma pesquisa origem e destino poderá cravar as necessidades da implantação do VLT. “O prazo para as obras de implantação de 10 quilômetros de vias do VLT, por exemplo, é de dois anos”, ressaltou a nota.
Durante a PMI sobre a eletromobilidade, o mercado não manifestou interesse em criar um VLT em Curitiba. Um dos motivos seria o custo. Para o ex-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, que tem colaborado com o programa de mobilidade da campanha de Greca, a ideia é focar em várias áreas da cidade, mas a Linha Verde tem um potencial muito grande de crescimento.
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Leia a matéria completaAtualmente, o BRT que passa naquele trecho transporta apenas 31 mil pessoas por dia. Mas a prefeitura projeta um aumento nessa demanda depois de concluídas as obras na região. A previsão da gestão Fruet era para que o novo sistema de transporte levaria até 100 mil passageiros por dia.
Almeida acredita que o VLP representaria ganho de 20% no fluxo. “Vai trazer um aumento da capacidade e terá um controle maior de operação”, defendeu. Ele não descarta também o uso dos programas que estão sendo avaliados pela gestão Fruet, como bike-sharing (compartilhamento de bicicletas) e o car-sharing (compartilhamento de veículos elétricos).
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