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Fernando Francischini tenta confirmar sua candidatura a prefeito de Curitiba. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fernando Francischini tenta confirmar sua candidatura a prefeito de Curitiba.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O deputado federal Fernando Francischini (SD) iniciou a segunda semana da série de sabatinas com pré-candidatos a prefeitos de Curitiba, nesta segunda-feira (25), com um discurso ligado, principalmente, a sua área de atuação histórica: segurança pública. Agora em 2016, oficialmente em campanha como pré-candidato a prefeito, o parlamentar prometeu implantar uma política de tolerância zero, aos moldes do programa implantado em Nova York entre 1994 e 2002 pelo então prefeito republicano Rudolph Giuliani. A política de Giuliani conseguiu derrubar as taxas de criminalidade pela metade.

“Sou fã dele. Vai ser o plano mais ousado que vou ter [o tolerância zero]. Queremos implantar a mesma política aqui”, disse o deputado. A proposta do parlamentar, entre outros temas, pretende fortalecer a guarda municipal da cidade.

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Francischini já foi secretário Antidrogas na prefeitura de Curitiba, quando Beto Richa (PSDB) ocupava a cadeira principal da gestão municipal, e secretário da Segurança Pública do atual governador. Agora, no entanto, afirmou estar distante do tucano. O afastamento, segundo o parlamentar, aconteceu depois de deixar a pasta estadual. Naquele momento, a responsabilidade pela “batalha” do Centro Cívico, no dia 29 de abril, em que um confronto entre polícia e manifestantes deixou 213 feridos, pairava sobre o então secretário. Apesar disso, na entrevista, defendeu a postura que teve e o planejamento da operação, que culminou no confronto.

“A verdade é que a PM agiu corretamente porque teve que conter uma invasão [a Assembleia Legislativa], nós cumprimos uma ordem judicial. O governador me chamou dias antes e me determinou que cumprisse a ordem judicial. Sou um técnico, um funcionário e cumpri a determinação e tomei todas providências para que não acontecesse um confronto”, explicou.

Saúde e transporte

Durante a entrevista, além da proposta de tolerância zero, há outros dois pilares no que pretende implantar, caso seja eleito prefeito: a saúde e o transporte. Uma das primeiras providências que tomaria seria acabar com o Programa Mais Médicos, do governo federal, em Curitiba. Segundo ele, o dinheiro usado para pagar esses médicos deveria ser investido para treinar mais profissionais na filtragem para encaminhamento as especialidades.

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“Sabe como é o chamado o médico cubano pelo pessoal da saúde? É o ‘ao, ao’. É o médico ‘ao, ao’. Estou com dor no peito, ao cardiologista. Estou com dor no pé, ao ortopedista”, comentou. De acordo com ele, essa transferência de atendimento acaba lotando a agenda de consultas das unidades que atendem com médicos especialistas.

No transporte, Francischini prometeu reintegrar o transporte público de Curitiba ao da região metropolitana em uma negociação aberta com o governo estadual. “A desintegração foi o pior erro político e histórico de Fruet [Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba]”, criticou. Além disso, garantiu que espera conversar, de forma “firme”, com os empresários do transporte.

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