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Central 156 | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo
Central 156| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo

Coleta de lixo, iluminação pública, saúde, trânsito, moradores de rua. As demandas da população de Curitiba à prefeitura variam conforme a região da cidade. Com Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) diferentes, as “Curitibas” do sul e do norte têm necessidades distintas.

De acordo com levantamento feito pelo Livre.jor, com base nos atendimentos do serviço 156 da prefeitura realizados entre 1º de julho e 30 de setembro, segurança e saúde são questões prioritárias nas regionais da região sul. Já nos bairros da zona norte, demandas relativas ao trânsito e coleta de lixo estão no topo das solicitações.

Confira as principais demandas por região de Curitiba

Pedidos de troca de lâmpadas e manutenção de luminárias lideram as demandas dos curitibanos que vivem em bairros da regional do Bairro Novo – eles foram 23,7% dos mais de 4.400 feitos à prefeitura via 156. Com pouco mais de 145 mil habitantes e 46.441 domicílios, a regional tem o menor IDH de Curitiba, 0,750, segundo dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

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A nova Regional do Tatuquara, desmembrada em novembro passado, ainda pertencia à do Bairro Novo quando foi feita a medição do IDH, em 2010. Nela, pedidos de manutenção de equipamentos de iluminação também lideram as demandas via 156 (29% do total). Situação que se repete na regional da CIC (20%).

A Curitiba do sul também vê saúde como prioridade. Na regional Tatuquara, onde 81 mil pessoas se distribuem em 25.678 domicílios, pedidos sobre serviços de saúde perfazem 14% das reivindicações ao 156. Esmiuçados os números, vemos que 30% das demandas dos curitibanos do Tatuquara sobre saúde tratam de atendimento relacionado a prontuários médicos, e 35% de consultas especializadas e atendimento de profissionais.

No Bairro Novo, as demandas por saúde e pronto atendimento ocupam o terceiro e quarto lugares, correspondendo juntas 14% dos atendimentos via 156 da regional. Sobre saúde, os moradores pedem consultas médicas e agendamento com especialistas (37% do total), e reclamam da demora no atendimento, (10% das ligações).

Ao norte, a Curitiba da Regional Matriz, onde 205.722 habitantes vivem em 100 mil domicílios, e o IDH é o maior da capital (0,928), as demandas ao 156 mostram outras prioridades. Ali, trânsito é o principal assunto dos telefonemas – 27% das notificações. Em seguida, aparecem pedidos de abordagem a adultos moradores de rua, que somam 16% das 18.622 demandas da regional.

No caso das demandas relacionadas a trânsito, 65% dizem respeito a reclamações por estacionamento de veículos em local proibido.

Ainda mais ao norte, na regional do Boa Vista, a mais populosa de Curitiba, com 248 mil habitantes e 87.866 domicílios, a pavimentação lidera as demandas ao 156. Delas, 62% pedem revitalização de antipó e 25% operações tapa-buraco em pavimentação definitiva.

Bairros: as diferenças conforme o IDH

Denúncias e reclamações sobre estacionamento em local proibido estão no topo da lista de demandas feitas por moradores do Água Verde, bairro com maior IDH de Curitiba (0,956), integrante da regional Portão. Os 51 mil habitantes do bairro, que vivem em 22 mil domicílios, acionam o serviço, majoritariamente, para questões sobre trânsito (21% do total), coleta de lixo e entulhos e iluminação pública (ambos com 11%) e para pedir providências sobre moradores de rua (9%).

Na outra ponta, os 18 mil moradores do Umbará, que tem um dos menores IDH de Curitiba (0,623), pedem ao poder público mais atenção para a iluminação pública (37% do total) e coleta de entulhos (12%).

O que é

Gerenciado pelo Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), o 156 é uma excelente ferramenta para identificar demandas pontuais da cidade, e um dos principais canais de relacionamento da prefeitura com a população. Segundo as estatísticas do serviço, entre janeiro e setembro de 2016 foram realizados 611 mil atendimentos, dos quais 541 mil pelo telefone, 33 mil pelo portal e 37 mil via atendimento online.

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