O deputado estadual Ney Leprevost (PSD) foi o terceiro convidado da série de sabatinas com pré-candidatos à prefeitura de Curitiba realizada pela Gazeta do Povo. Na manhã desta quarta-feira (20), o deputado criticou a gestão atual. “Tentando segurar o dinheiro, ele deixou de fazer muita coisa pela cidade. É duro falar, mas Curitiba anda mal cuidada, com ruas esburacadas, praças com mato crescido”, disse.
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Ele também criticou a aliança do prefeito Gustavo Fruet (PDT) com o PT. “O Gustavo foi forçado a fazer essa aliança com o PT. Mas foi uma aliança que não deu certo, sua gestão não tem identidade. O PT e o Gustavo não combinam, não conjugam bem. Tenho a impressão que ele ficou com uma gestão sem comando”, disse. Entretanto, ele diz que não se trata de má fé. “Não acho que isso é feito por mal. Isso é feito porque a gestão é formada por pessoas que não tem afinidade, sobre as quais o Gustavo não tem liderança total.”
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Durante a entrevista, Leprevost falou também que “não promete” continuar o projeto do metrô caso as obras não sejam iniciadas até 2017. “Se a cidade não está dando conta nem de atender à demanda dos cidadãos que estão doentes, será que este é o momento para ela se comprometer com um gasto tão grande?”, disse. Só que, caso as obras sejam iniciadas, ele diz que irá cumprir o cronograma.
Ele disse, ainda, que pretende buscar soluções para o transporte que evitem o aumento da tarifa. “Eu acredito que o prefeito não deve aumentar a tarifa em hipótese alguma”, disse. Leprevost, no entanto, afirma que não tem conhecimento suficiente sobre o assunto para apontar uma solução definitiva para a questão.
“Eu não tenho o diagnóstico aqui da prefeitura, eu estou começando a estudar os números. Isso é um trabalho que tem que estar pronto quando começar o programa eleitoral na TV em setembro. Aí você tem que ir para os debates, para a televisão, já com uma proposta consistente”, disse.
Richa
Até o final de 2014, Leprevost era da base de apoio do governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia. De acordo com o deputado, o rompimento com o governador começou quando votou contra a contribuição dos aposentados para o ParanaPrevidência. “Aquilo desagradou muito o governador, houve um estremecimento, ele achava que eu tinha a obrigação de ter uma fidelidade absoluta, uma fidelidade canina”, disse. O rompimento, entretanto, ocorreu somente após o chamado “tratoraço”, em fevereiro de 2015, segundo o deputado.
Ele diz que a disputa com Richa é apenas política, e não pessoal. Ainda assim, ele cutucou o governador ao falar do caso Rubens Recalcatti – seu suplente na Assembleia. Ele disse que espera que tenha havido equívocos na investigação e que acredita na inocência do delegado. “Se o Gaeco conseguir provar a culpa dele, aí eu vou ficar chateado, muito triste. Mas também não vou dizer que o Recalcatti era um filiado distante ou alguém que eu mal conhecia”, disse, ironizando a postura do governador sobre Luiz Abi Antoun.
Entrevistas
Além de Leprevost, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) e o secretário Ratinho Jr. (PSC) foram sabatinados pela Gazeta do Povo. Na quinta-feira (21), o entrevistado será o deputado estadual Requião Filho (PMDB).
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