A pouco mais de 24 horas para as eleições municipais deste ano, 100 candidatos não resistiram e faleceram durante a campanha. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As causas variam entre acidentes de trânsito, assassinatos e paradas cardíacas ou mortes em decorrência de saúde.
O caso mais emblemático aconteceu em Itumbiara, no estado de Goiás, onde o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB) foi executado e o governador em exercício do estado, José Eliton de Figuerêdo Júnior, foi baleado.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, chegou a visitar o estado para assegurar reforço na segurança pública. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, classificou o ato como “episódio chocante e deplorável”.
Segundo um levantamento do jornal Folha de S.Paulo, ao menos 28 aspirantes a cargo eletivo foram mortos durante a campanha. Outro estudo do G1 mostra que ataques isolados ou de milícias aconteceram em 12 estados – alguns resultaram em óbitos. O Paraná não está entre eles.
Ao todo, os falecimentos registrados junto ao TSE aconteceram com maior incidência em São Paulo (19), Minas Gerais (13), Bahia e Rio Grande do Sul (8) e Rio de Janeiro (7). Os demais estados contabilizam as demais 45 mortes. Morreram 92 candidatos a vereador, 4 a vice-prefeito e 4 a prefeito.
No Paraná
Até a semana passada, os dados mostravam dois óbitos envolvendo vereadores no Paraná, em Ponta Grossa e Campo do Tenente. Desde então, mais quatro casos foram registrados no estado, em Rio Bom, Japira, Arapuã e Cantagalo. Todos eles envolveram candidatos a vereador.
Em Cantagalo, o pleiteante Manoel Oliviera (SD) faleceu aos 73 anos. A cidade, no entanto, ficou marcada por um caso extremamente mais grave. Na quinta-feira (29), Emílio Gervásio, coordenador da campanha do candidato a prefeito Jair Rocha (PR), foi morto a tiros próximo ao comitê, e desde então o juiz eleitoral Brian Frank decretou toque de recolher nos três municípios que compõem a Comarca (Cantagalo, Virmond e Goioxim). O toque vigora entre esta sexta-feira (30) e 2 de outubro.
Em Rio Bom, a candidata Ana Arjona Minatti (PMDB) faleceu antes do pleito, também aos 73 anos. Também faleceram Porcina (PV), dona de casa, em Japira, e Daniel Grozetta (PSC), de 66 anos, em Arapuã.
Sem música
No Rio de Janeiro, 16 pessoas envolvidas com política foram assassinadas desde novembro de 2015, de acordo com o levantamento do G1. O caso mais recente é de Marcos Falcon (PP), presidente da escola de samba Portela e candidato a vereador. Ele foi assassinado na terça-feira (26), quando dois homens encapuzados e armados entraram no comitê de campanha do candidato e atiraram nele.
Outros prefeitos mortos
Os outros três óbitos envolvendo candidatos ao Executivo municipal aconteceram no Rio Grande do Sul, Piauí e Bahia. Uma das mortes foi em Bento Gonçalves, no RS. Roberto Lunelli (PT) já foi prefeito da cidade entre 2009 e 2012 e faleceu após um acidente de trânsito na BR-470, na cidade da Serra (RS). Ele tinha 49 anos e era professor.
O prefeito e o vice-prefeito da cidade de Pajeú do Piauí, no Piauí, candidatos à reeleição, morreram em uma colisão no dia 13. Juscelino Mesquita dos Reis (PMDB) e José Eduardo Gonzaga de Carvalho (PMDB), o Zezito, estavam em uma caminhonete que colidiu de frente com uma carreta.
O outro prefeito que consta como falecido junto ao TSE é de Teixeira de Freitas, na Bahia. Padre Aparecido (PRTB) faleceu com 80 anos.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Lula não passa presidência para Alckmin e ministros assumem tratativas no Congresso; assista ao Entrelinhas
São Paulo aprova isenção de IPVA para carros híbridos; elétricos ficam de fora