No último debate antes do segundo turno das eleições em Curitiba, realizado nesta sexta-feira (28) pela RPC, os candidatos foram cautelosos e fugiram das polêmicas. Ambos preferiram não parecer agressivos e tentar conquistar os votos de indecisos e insatisfeitos.
Rafael Greca (PMN) abriu o debate dizendo que Curitiba não merece votos brancos ou nulos. “Curitiba merece uma escolha consciente”, disse o candidato, na tentativa de ganhar os votos dos indecisos. Durante as considerações finais, Ney Leprevost (PSD) também apelou para os indecisos . Ele afirmou que está preparado para assumir a gestão de Curitiba e que vai administrar a cidade com eficiência e honestidade. “Andar para trás nunca mais”, finalizou Leprevost.
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Já Greca usou as considerações finais do debate para resumir as principais propostas do plano de governo e dizer que não quer ser votado pelo que já fez,e sim pelo que ainda vai fazer por Curitiba.
Principais propostas
Os temas que dominaram o debate foram propostas para saúde e transporte coletivo. Os dois candidatos prometeram a reintegração do sistema de Curitiba com a Região Metropolitana. Leprevost falou em redução da tarifa. “Custe o que custar para a minha gestão, reduzirei em menos de 90 dias a tarifa do ônibus”, prometeu o candidato. Ele prometeu uma redução de até R$ 0,15.
“A prudência fiscal aconselha não prometer tanto para não falhar seguramente”, disse Greca em resposta à Leprevost. “O pulo do gato é aumentar o número de passageiros na rede”, disse o candidato sobre a tarifa. Ele afirma que pode reduzir a tarifa do ônibus fora do horário de pico e criar o cartão temporal, para atrair novos passageiros.
Zerar filas
Os candidatos também falaram em zerar as filas para consultas médicas especializadas na cidade. Hoje, 147 mil pessoas aguardam por uma consulta apenas nas 15 especialidades cujas filas são maiores. Greca afirma que é possível diminuir a fila da saúde apenas com boa gestão, sem construir novas unidades. Já Leprevost aposta em cortar cargos em comissão para economizar cerca de R$ 40 milhões por ano. Ele promete destinar R$ 30 milhões para a contratação de mais médicos especialistas e com isso zerar a fila “em poucos meses”.