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Fernando Francischini era secretário de Segurança na “batalha” do Centro Cívico em abril de 2015. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fernando Francischini era secretário de Segurança na “batalha” do Centro Cívico em abril de 2015.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Ao defender seu trabalho como secretário da Segurança Pública do Paraná e o da Polícia Militar (PM) no dia 29 de abril do ano passado, o deputado federal Fernando Francischini (SD) partiu para o ataque contra entidades de classe e afirmou que divulgará vídeos que comprovam uma suposta participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na manifestação daquele dia – nenhuma ação pública foi aberta contra as entidades até agora. Ele esteve na Gazeta do Povo na manhã desta segunda-feira (25) para ser sabatinado como pré-candidato a prefeitura de Curitiba.

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A “batalha” do Centro Cívico, no dia 29 de abril de 2015, ficou marcada pelos 213 feridos após um confronto com a PM durante uma manifestação de funcionários públicos, que protestavam contra o projeto de reforma da Paranaprevidência enviado à Assembleia Legislativa.

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Francischini, o governador Beto Richa e quatro oficiais do alto escalão da PM foram acusados formalmente de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em consequência daquele confronto. A petição inicial ainda está tramitando na 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

“Nós temos testemunhas no processo relatando que acompanharam vários ônibus, vindo de assentamentos rurais do MST do interior. O braço armado de invasão de terra e depredação, o que tem a ver o MST com uma manifestação, se ela é legítima e pacífica?”, questionou Francischini.

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Para o deputado, essa suposta movimentação das entidades no dia 29 de abril de 2015 é uma tentativa de transformá-lo em vítima política. “Cumprimos a ordem judicial, o policial estava lá cumprindo a sua missão, se ele não fosse, estaria prevaricando. Infelizmente há esses interesses políticos. (...) Eu sou o autor da CPI...do requerimento que abriu a CPI da Petrobras, eu li em plenário o primeiro relatório da Polícia Federal, sigiloso, que dizia que tinha uma organização criminosa que desviou o dinheiro de Pasadena”, disse.

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Papel do MP

Na avaliação dele, que assumiu ter participado do planejamento da operação, a PM agiu de forma correta na contenção de manifestantes naquele dia, mas as cerca de duas horas de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e violência não teriam sido contidas sem intervenção do então procurador-geral de Justiça Gilberto Giacóia e seu antecessor, procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto.

O deputado admitiu que a ação deles junto aos manifestantes conseguiu com que a PM também recuasse na ação. Giacóia e Sotto Maior teriam conversado com a Associação dos Professores do Paraná e com a CUT para que os manifestantes recuassem. Com a garantia das entidades, eles conversaram com Francischini que também teria agido para paralisar a “batalha”.

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