| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo/Arquivo

No quadro praticamente definido da disputa eleitoral para a prefeitura de Curitiba, as coligações renderam ao menos duas vantagens a Gustavo Fruet (PDT) e Maria Victoria (PP) ante os adversários: o número de filiados à disposição para a campanha e o tempo de propaganda em rádio e TV.

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Se for capaz de aglutinar e colocar para trabalhar todos os filiados dos partidos de sua coligação, o pedetista conseguirá reunir 26 mil cabos eleitorais em Curitiba. O número é a somatória dos filiados ao PDT, ao partido do vice, Paulo Salamuni (PV) e a PTB, PRB e PPS.

Confira um resumo das coligações na disputa pela prefeitura

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Mesmo reunindo dois partidos a mais que Fruet, Rafael Greca (PMN) fica no segundo lugar em número de filiados à coligação, com 24.133 pessoas. Tendo como vice o tucano Eduardo Pimentel (neto do ex-governador Paulo Pimentel), a candidatura de Greca reúne PSDB, PSB, DEM, PSDC, PT do B e PTN.

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Maria Victória, filha do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e da vice-governadora Cida Borghetti, é candidata pelo PP, partido com mais filiados na capital, mas fica em terceiro lugar na comparação. A indicação de Luciano Pizzato (PRTB) como candidato a vice e o apoio do Solidariedade renderam à deputada estadual - que já contava com o apoio de PR, PMB, PHS - um exército de 20 mil filiados para a campanha.

A distância dos três para os demais candidatos é de ao menos o dobro de filiados. No caso de Requião Filho (PMDB), que terá apoio da Rede, do vice Jorge Bernardi, as legendas somam 10 mil filiados. No quinto lugar, Tadeu Veneri, que tem como vice o advogado Nasser Ahmad (ambos do PT), conta com apenas com os 9.279 filiados ao partido consegue ficar à frente de Ney Leprevost (PSD), que com sete partidos na coligação (PSD, PSC, PEN, PPL, PC do B, PSL, PTC) reúne 9.264 pessoas.

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Não entraram na contagem o Partido Novo, que em convenção definiu por não apoiar nenhum candidato, e PCO e PSTU.

O que conta: a bancada do estado ou a total?

A resolução 23.457 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não especifica se o cálculo do tempo em rádio e televisão tomará como base as bancadas totais ou apenas as estaduais na Câmara Federal. Após consultar o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o Livre.jor optou por considerar no cálculo apenas as bancadas paranaenses, uma vez que se trata de eleição municipal. A definição será dada pelo TSE apenas a partir de 15 de agosto.

Tempo de TV e rádio

Quando o assunto é a propaganda eleitoral em rádio e TV, a coligação dá vantagem para a pepista Maria Victoria. Isso porque o cálculo é feito com base na representatividade que os partidos têm na Câmara Federal. De acordo com o artigo 39º da resolução 23.457 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que regula, dentre outras questões, a divisão do horário eleitoral, 90% da propaganda em rede é distribuída proporcionalmente ao número de parlamentares dos partidos. Ou seja, quanto mais deputados em Brasília, maior o tempo. Os 10% restantes são divididos igualitariamente.

Cabe lembrar que a resolução determina que serão desconsideradas as migrações que os parlamentares fizeram durante a “janela partidária” no início do ano. Como exceção, valerá a mudança quando o deputado tiver se mudado para uma legenda recém-criada.

Com isso, mesmo tendo mudado de legenda, ao menos quatro deputados mantêm o tempo de rádio e TV para as siglas que deixaram: Assis do Couto, que saiu do PT e foi para o PDT; Christiane Yared, que deixou o PTN rumo ao PR; Toninho Wandscheer, que partiu do PT para o Pros; e Aliel Machado, que migrou do PCdoB para a Rede.

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Consideradas as alterações, a coligação de Maria Victoria, cujas siglas abrigam sete dos 30 deputados federais paranaenses, considerado o quadro de legendas anterior às migrações partidárias, terá o maior tempo na TV e nos programas na rádio nos blocos de rede.

Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) ficarão com o mesmo tempo, tendo em vista que as coligações dos dois somam seis deputados cada. Na sequência, Requião Filho (PMDB) e Tadeu Veneri (PT), ambos com quatro deputados, e Fruet, com três deputados.

Sem representação na bancada paranaense na Câmara Federal, o PSol, de Xênia Mello; o PRP do reitor da Universidade Tuiuti, Afonso Rangel, e o Pros de Ademar Pereira terão apenas a divisão dos 10% do tempo de propaganda em rede prevista na lei.

O tempo de propaganda em rádio e TV será oficialmente definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base nas coligações ratificadas pelos candidatos, que devem ser apresentadas até 15 de agosto.

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