Durante a sabatina realizada pela Gazeta do Povo na manhã desta quinta-feira (22), o prefeito Gustavo Fruet (PDT) disse que vai abrir uma sindicância para apurar o caso dos dois guardas municipais de Curitiba detidos pela Polícia Civil em Piraquara, na região metropolitana da capital, na tarde desta quarta-feira (21).
Segundo o prefeito, o caso vai ser apurado e se ficar evidenciado que esta ordem partiu da prefeitura os envolvidos serão punidos.
Segundo o boletim de ocorrência, ambos afirmaram estar no local realizando uma investigação a mando dos superiores para apurar a suspeita de que objetos desviados da Fundação Cultural de Curitiba estariam na chácara de Rafael Greca (PMN), que fica na região. Posteriormente, os guardas mudaram a versão da história e afirmaram estar em Piraquara para almoçar em um restaurante.
Fruet, ao ser questionado se a ordem desta investigação teria partido dele, disse que “de jeito nenhum” ordenaria esta ação da guarda. “Seria uma burrice de inestimável valor”, afirmou o prefeito.
Gustavo Fruet disse ainda que a prisão dos guardas não anula a questão mais grave, que é a possibilidade de o ex-prefeito ter levado obras do acervo municipal para sua propriedade. Ele afirmou que espera que Rafael Greca abra sua casa o mais brevemente para que um perito constate, com o acompanhamento da imprensa, se as obras que estão na sua casa são as mesmas que desapareceram do acervo municipal.
Troca de acusações
Na entrevista, Fruet acusou o candidato Rafael Greca de ter se beneficiado pessoalmente dos serviços da Guarda Municipal quando era prefeito de Curitiba. “A Guarda Municipal na gestão de Greca foi utilizada para sua proteção pessoal, para a casa dele em Curitiba. A guarda também fazia o cuidado da chácara dele em Piraquara”, afirmou o atual prefeito.
Segundo ele, esta história veio à tona quando dois guardas que voltavam da chácara de Greca, em Piraquara, bateram o carro e morreram.
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