Rafael Greca é candidato à prefeitura de Curitiba pelo PMN.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O candidato à prefeitura, Rafael Greca (PMN), declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser dono de mobílias do século XIX no valor cerca de R$ 1.388.

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A descrição que consta na declaração de bens do ex-prefeito em 2012, quando também foi candidato, é mais específica que a feita em 2016. Naquele ano, constava “objeto de arte mobília do século XIX - Guarda-louça, marquesa, escrivaninha São Francisco Poty Lazaroto (sic)”. Neste ano, consta apenas “objeto de arte mobilias do século XIX”. O valor declarado pelo bem segue o mesmo.

Declaração de bens da campanha de 2012. 
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A descrição do guarda-louça é compatível com uma das peças dada como desaparecida pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC). O patrimônio do ex-prefeito soma 33 itens declarados como joias, quadros, objetos de arte, de coleção ou antiguidades.

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De acordo com a assessoria de Greca, na declaração do Imposto de Renda do ex-prefeito, além da guarda-louça, outros dois móveis são listados.

Ainda de acordo com a assessoria, os bens são herança de família e declarados pelo candidato há mais de vinte anos. “Os valores foram estimados, sendo o valor final oriundo das diversas conversões de moeda, segundo critérios estabelecidos na legislação da Receita Federal”, diz a nota.

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Entenda o caso

A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) apura o desaparecimento de pelo menos 12 itens da Casa Klemtz, localizada na Fazendinha. O caso veio a tona da semana passada, quando a atual gestão do candidato à reeleição Gustavo Fruet (PDT) afirmou que três dos itens - dois lavatórios e uma cristaleira (guarda-louça) - estariam na Chácara São Rafael, de propriedade de Greca.

Fotos publicadas em redes sociais na chácara do ex-prefeito mostram peças similares às apresentadas pela prefeitura como desaparecidas. A perita responsável pela restauração da Casa, comprada durante a gestão de Greca, afirmou que há indícios e evidências “notórios” de que os bens que aparecem nas fotos são os mesmos que desapareceram da FCC.

O município abriu uma sindicância para apurar o desaparecimento das obras e convidou o ex-prefeito para depor nesta terça-feira (27), mas ele não compareceu. Em seu lugar, compareceu o advogado Walter Agra, que afirmou que o ex-prefeito não abrirá a chácara durante o período eleitoral e que, passadas as eleições, permitirá a entrada na propriedade para averiguações.