Os candidatos a prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) falaram a um grupo de empreendedores da capital na manhã desta segunda-feira (17).
Os dois foram alvos de questões que passaram pela desburocratização de alvarás, incentivo ao Imposto Sobre Serviço (ISS) Tecnológico e até pelo não compartilhamento público da base de dados do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI, antes conhecido como Instituto Curitiba de Informática) na inovação da cidade.
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Sobre isso, contudo, os dois candidatos foram cuidadosos ao comentar. Tanto Greca como Leprevost prometeram transparência total, mas afirmaram que precisam confirmar como estão os contratos de prestação do ICI com o município antes de fazer qualquer compromisso.
Vários dos participantes da sabatina reclamaram de não ter acesso a base de dados do ICI para poder colaborar com a resolução dos problemas da cidade.
Os contratos entre o Instituto e o município estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná, há alguns meses. O ICI é responsável pelos sistemas de informática da prefeitura. O instituto sempre afirmou trabalhar dentro da legalidade, cumprindo seus contratos.
Além disso, os candidatos prometeram desburocratizar as licenças para novas empresas. Segundo a Endeavor no Paraná, organizadora do evento, em Curitiba, levam 125 dias, em média, para abrir uma empresa. Os candidatos se comprometeram que agilizar o processo em até cinco dias para empresas de baixo risco.
Vale do Pinhão
Já Greca, que chegou a usar o quadro negro da sala onde foi realizada a sabatina, afirmou que criará o Vale do Pinhão, uma espécie de Vale do Silício (região na Califórnia, EUA, onde está localizado um grande grupo de empresas que gera inovações tecnológicas naquele país) em Curitiba, além de garantir que investirá em inovação nas escolas e manterá um colégio de empreendedores em cada regional da cidade.
Ele também aproveitou para cutucar uma suposta falta de conhecimento de seu oponente sobre a região da capital e do estado. “O que me distingue dele é a vontade de fazer”, mencionou. Insinuou que ele não sabia onde fica a cidade de Cerro Azul, na região metropolitana de Curitiba.
Greca também brincou ao se conter em algumas respostas. Lembrou do episódio em que falou que vomitou com o cheiro de pobre. “A minha veia poética enfática depois do debate na PUC foi suspensa. Eles põem na internet”, disse.
Dinheiro prometido
Uma das principais propostas de Leprevost é incentivar a criação por meio do microcrédito. Ele pretende fazer com que o município colabore com R$ 5 mil a R$ 6 mil para pequenos empresários, estimulando a inovação. O recurso seria investido por meio de um banco de microcrédito da capital. O problema é que o orçamento apertado para 2017, problema admitido pelo candidato.
“Ele realmente está apertado. Se fizer uma estimativa otimista, nós teremos em torno de R$ 40 bilhões para os próximos quatro anos. A questão é que grande parte dele é para pagamento de folha e de inativos, mas existe previsão para o ano que vem [para linha de crédito].
Leprevost também prometeu cortar secretarias. “Os políticos sofrem da síndrome de professores de Deus. São ótimos em falar, péssimos em ouvir”, disse Leprevost, ao ressaltar que pretende ser aberto aos empreendedores se for eleito.
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