O azarão do primeiro turno em Curitiba, Ney Leprevost (PSD), teve seu melhor desempenho na 177.ª zona eleitoral de Curitiba, principal reduto da classe alta da capital.
Segundo os números do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), 29,36% dos eleitores desta região – que compreende água Verde, Batel, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Mossunguê, Orleans, Rebouças, Santo Inácio, São Braz, Seminário – votaram em Leprevost.
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Foi nesta zona eleitoral que a diferença entre ele e Greca foi menor em toda cidade (5,77%). Nela também o prefeito Gustavo Fruet (PDT) teve o melhor desempenho com 23,58% dos eleitores. Já Greca teve seu pior desempenho nesta região, 35,13%. Coincidentemente, é a região onde o ex-prefeito reside.
Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, Bruno Bolognesi, o desempenho de Leprevost nesta região corresponde exatamente com a faixa do eleitorado que se identifica com ele.
“É o público do Ney. São os ricos da cidade, que tem base social com as ideias dele, são defensores da Operação Lava Jato. Ali há uma identificação programática de renda e voto”, explicou.
Na avaliação dele, a chegada de Greca e Leprevost ao segundo turno da capital demonstra um retorno histórico da posição centro-direita do eleitor de Curitiba.
Na análise de Bruno, apesar de Fruet não estar longe deste perfil, o eleitor o elegeu em 2012, em uma tentativa de mudar a administração histórica, aquela acompanhada pela sombra do ex-prefeito Jaime Lerner.
“Era uma espécie de ponto fora da curva, principalmente, pelo apoio do PT na época, mas não pela ideologia”, comentou Bolognesi.