A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, formalizou nesta quarta-feira (5) o apoio ao candidato Ney Leprevost (PSD) no segundo turno das eleições em Curitiba. O acordo, primeiro oficializado após a votação do último domingo (2), foi firmado no final da tarde no comitê do candidato, no Campo Comprido.
Participaram do encontro diversas lideranças da Rede no estado, o próprio Leprevost e seu vice, João Guilherme (PSC). Cerca de 30 pessoas testemunharam a assinatura de uma carta de princípios proposta pela Rede. A aproximação começou logo após o resultado do primeiro turno e partiu de pessoas próximas a Leprevost.
Pela sigla, que estava coligada ao PMDB na disputa municipal, participaram Eduardo Reiner, porta-voz estadual do partido; Tatiane Ayres, coordenadora de organização estadual; Valeria Guilherme, coordenadora de movimentos sociais; Jorge Bernardi, vereador e candidato a vice pela sigla na chapa de Requião Filho (PMDB); Ricardo Miranda, terceiro candidato mais votado para a prefeitura de Fazenda Rio Grande; e candidatos a vereador pelo partido.
“Formalizamos uma carta de princípios em apoio ao Ney Leprevost. Ela foi construída por várias mãos. Nós pensamos em como a Rede pode colaborar no debate para termos uma cidade mais antenada”, explica Eduardo Reiner.
“Foi um processo natural. Houve procura por parte do pessoal do Ney. Nós sentamos, conversamos e a ampla maioria foi favorável. Os princípios sugeridos foram construídos com base nos princípios da Rede. É um apoio programático”.
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Leia a matéria completaA carta aborda dez pontos, distribuídos entre educação, desenvolvimento sustentável, gestão transparente, mobilidade urbana e integração, revisão do zoneamento da cidade, diversidade cultural e segurança pública humanitária.
Além disso, dois outros trechos são mais enfáticos nas propostas da Rede. O oitavo ponto diz que Leprevost deve “procurar construir uma Curitiba resiliente, capaz de se adaptar às mudanças climáticas e à necessária transição para uma economia de baixo carbono. Iniciar uma política de incentivo as habitações e unidades produtoras de energias renováveis”.
O décimo princípio aborda o “cartel” do transporte público: “[O candidato deve] enfrentar o cartel do transporte coletivo, objetivando diminuir o valor da tarifa, melhorar o serviço e retomar a integração com os municípios da Região Metropolitana de Curitiba”.
Segundo Reiner, a participação de Ricardo Miranda, candidato em Fazenda Rio Grande que conquistou 21% dos votos, foi fundamental para reforçar a necessidade dessa integração. “Nós precisamos avançar, precisamos voltar com a integração com a RMC. É um tema que preocupa a Rede. O Ney Leprevost precisa pensar Curitiba como uma região integrada. Por isso o apoio da Região Metropolitana também é importante”, explica Reiner.
A Rede Sustentabilidade não elegeu vereadores na cidade e atingiu apenas 10.197 votos na capital. Para alcançar uma cadeira na Câmara Municipal, os partidos precisariam ter conseguido 23.180 votos.
“Inimigos” em Ponta Grossa
Candidato da Rede em Ponta Grossa, o deputado federal Aliel Machado está no segundo turno. Se ele for eleito, a cidade será a maior do país sob administração do partido de Marina Silva.
Na cidade, o PSD, de Ney Leprevost, é coligado ao atual prefeito, Marcelo Rangel (PPS), adversário de Aliel. O deputado federal Sandro Alex, irmão de Rangel, também é do PSD.
O prefeito obteve 47,68% dos votos no primeiro turno, chegando a 84.032, e Aliel Machado alcançou 28,15% , com 49.611. A Rede espera o apoio do terceiro colocado no pleito, Julio Kuller (PMB), que fez 15% dos votos.
“Estamos bem animados. Acreditamos que é possível essa virada. Cada vez fica mais clara a ligação do atual prefeito – Marcelo Rangel (PPS) – com o governador Beto Richa (PSDB). Hoje, o Beto é um péssimo cabo eleitoral e o Greca (PMN) está aí para comprovar isso. Nós queremos que a Rede se eleja na cidade para servir de modelo para nossas ideias. É uma cidade importante”, salienta Reiner.
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