O presidente do PT municipal de São Paulo, vereador Paulo Fiorilo, confirmou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião de estratégia eleitoral para a campanha de reeleição do prefeito Fernando Hadddad nesta quinta-feira (4).
A reunião ocorreu pela manhã no Instituto Lula e durou cerca de duas horas, relata o dirigente. Estiveram presentes, além de Lula e Fiorilo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o presidente do diretório estadual, Emídio de Souza, o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Donato, e o próprio Haddad.
“O Lula tem todo interesse em participar e vê como fundamental a reeleição de Haddad em São Paulo. Ele está muito empolgado”, disse Fiorilo em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Mais cedo, em evento na capital, Haddad afirmou que o assunto da conversa no instituto foi a conjuntura atual. “Eu me reúno todo mês, às vezes a cada 60 dias, para discutir conjuntura política e econômica, os problemas que o País está enfrentando, soluções possíveis. Foi rotina”, afirmou.
Como adiantado pelo Broadcast Político, o prefeito vai dar o pontapé de sua pré-campanha após o carnaval. A primeira prioridade será engajar a militância petista, em especial na periferia, e muni-la de informações para defender a gestão Haddad. Para isso, o partido já programou nove plenárias de prestação de contas dos últimos quatro anos, encontros que contarão com a presença do prefeito.
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Leia a matéria completaLula também sugere que se retome a estratégia de fazer caravanas pela cidade, com foco em reconquistar a preferência que o partido tinha na periferia paulistana. Segundo Fiorilo, discutiu-se organizar caravanas com o prefeito durante os meses de fevereiro a abril. “Vamos reforçar a agenda com foco nas ações desenvolvidas na periferia”, afirmou o dirigente.
Coligação
O encontro da quinta-feira também serviu para falar do arco de apoio à Haddad. Nesta sexta-feira, 5, o PT municipal conta com PR, PROS, PDT e PCdoB na coligação de reeleição do prefeito. Esses dois últimos, contudo, vêm flertando com outras prováveis candidaturas, como de Marta Suplicy (PMDB) e de Celso Russomanno (PRB).
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse recentemente em entrevista ao Broadcast Político que quer o posto de vice de Haddad para garantir o apoio ao prefeito. Fontes ouvidas pela reportagem relatam que também tem peso nessa negociação a formação da coligação proporcional com espaço para os candidatos a vereador do PDT.
O PCdoB, por sua vez, estaria descontente com a possibilidade de o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, migrar para o PDT para ser companheiro de chapa de Haddad. Hoje a vice é do PCdoB, com Nádia Campeão. Chalita contudo ainda não decidiu se vai deixar o PMDB.
“O próprio Lula falou que o Chalita é um nome importante, mas precisamos esperar e ver o que vai acontecer”, disse Fiorilo. O dirigente diz que, se Chalita quiser, até a porta do PT está aberta para ele, mas admitiu que seria menos interessante ter uma chapa puro sangue na corrida eleitoral.
Chalita acabou isolado no PMDB. Ele é presidente do diretório municipal da legenda, mas é o único da executiva a apoiar a manutenção da aliança com Haddad. Na prática, o partido já embarcou na candidatura de Marta Suplicy. Ele tem até o início de abril para trocar de partido se quiser ser vice do petista.
A avaliação do núcleo petista em torno de Haddad é que o PSD de Gilberto Kassab pode apoiar o PSDB, a depender de quem for o candidato escolhido nas prévias tucanas, ou seguir com Marta. Já o PP pode ser atraído de volta para a formação da coligação, depois da desistência da candidatura do apresentador José Luiz Datena.
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