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Manifestações contra Dilma Rousseff de 2015 devem se repetir em 2016. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Manifestações contra Dilma Rousseff de 2015 devem se repetir em 2016.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

As manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) impulsionaram vários integrantes de movimentos de rua a candidaturas para cargos públicos neste ano. Um dos principais responsáveis pelos atos públicos contra a presidente, o Movimento Brasil Livre (MBL) deverá ter candidatos a vereador e a prefeito em várias cidades do Brasil. No Paraná, o MBL já tem nomes para a disputa em Curitiba e em pelo menos oito cidades do interior.

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Em Curitiba, o potencial candidato é Eder Borges, que coordena o movimento no Paraná. Embora diga que ainda não se decidiu se vai ou não disputar uma cadeira na Câmara Municipal, Borges já está filiado ao PSC. “Tem muita proposta para isso, até devido ao fato de eu ter conseguido uma certa projeção com o movimento. Existe até um certo clamor por parte desse público.”

Borges garante que por enquanto seu “foco” não é esse – e sim a organização da megamanifestação prevista para março em várias cidades do país, quando o MBL e outros movimentos, como o Vem Pra Rua, pretendem retomar a questão do impeachment, agora que o processo foi formalmente iniciado na Câmara Federal. O Vem Pra Rua, porém, decidiu que não terá candidatos neste ano.

No MBL, a estratégia parece ser a de lançar um candidato a vereador por praça. Em Cascavel, deve sair Fabrício Mellus; em Foz, possivelmente Leonel Rocha; em Irati, Douglas Goy; em Paranaguá, José Carneiro; em Ponta Grossa, Valderson Cardoso; em Castro, William Vasco; em Pato Branco, Gilberto Júnior; e apenas em Jaguariaíva o movimento cogita lançar duas candidaturas ao mesmo tempo.

Eder Borges diz que participar da política partidária e disputar vagas no Legislativo não contrariam o discurso do MBL contra a política fisiológica e contra os desvios que, segundo o grupo, marcam a política nacional. “Nosso objetivo sempre foi o de mudar a política do país. E temos que admitir que com o movimento de rua podemos fazer algo, mas isso tem uma limitação. Participar da política formal é um passo necessário”, afirma.

Pelos partidos

Embora haja unidade ideológica no Movimento Brasil Livre (MBL), os candidatos devem participar do processo eleitoral por várias siglas diferentes. Há gente no PSC, PSD, DEM e PMDB. O grupo, no entanto, não aceita que seus integrantes concorram por partidos considerados de esquerda, como PT, PCdoB e PSTU.

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