O candidato a prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) disponibilizou nas redes sociais um número de WhatsApp para conversar com os eleitores da capital. O novo canal de comunicação com o eleitor funciona desde o final de agosto, mas foi divulgado na página oficial apenas no dia seguinte ao primeiro turno das eleições na capital e, segundo a assessoria da campanha, já recebeu 34 mil mensagens.
A mensagem enviada pela redação da Gazeta do Povo foi respondida no mesmo dia, em cerca de cinco horas. Perguntamos ao candidato qual era a principal diferença entre ele e o candidato Ney Leprevost (PSD), e qual era a proposta de Greca para resolver o problema do alagamento de ruas da cidade. Veja a resposta ao lado.
O coordenador de campanha de Greca, Marcelo Cattani, diz que a estratégia de usar o WhatsApp tem dado certo. “Desde o primeiro turno a gente apostou muito na interatividade, no compartilhamento de ideias. Usamos muito a internet como ferramenta de engajamento e participação”, disse.
Desespero
Para o professor de jornalismo digital da PUCPR Zanei Barcellos, a estratégia de Greca não deve trazer grande impacto para a campanha. “As redes sociais surgiram como uma grande opção nessa eleição, e eu acho que foram bem mal utilizadas em geral pelos candidatos”, opina.
Para Barcellos, quem se saiu melhor nas redes sociais foi o candidato derrotado no primeiro turno Requião Filho (PMDB). “O Requião Filho tentou se comunicar com o público mais novo, tentou passar a imagem do candidato mais novo, mais descolado. Acho que a candidatura não colou pelas propostas. Ele acabou não convencendo”, avalia o professor.
Para Barcellos, o uso do whats app por Greca é uma estratégia de última hora. “Seria uma estratégia muito válida se ele tivesse começado e amadurecido antes mesmo da campanha. Não acredito que nessa última hora vá ter algum efeito”, analisa.
“Nessa altura é uma estratégia desesperada de ultima hora de tentar conseguir uns votos a mais. Não vejo que vá surtir um efeito positivo em termos de voto”, completa o professor.
Em 17/11/20 a foto que ilustrava a reportagem foi substituída porque trazia um número de telefone celular que não pertence mais a Rafael Greca ou sua equipe.
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