A disputa do segundo turno pela prefeitura de Maringá tem sido recheada de ataques e posturas agressivas dos dois candidatos: Silvio Barros (PP) e Ulisses Maia (PDT).
O principal foco é tentar colar o adversário ao Partido dos Trabalhadores (PT). Barros exibiu fotos de Maia com os vereadores eleitos pelo PT, Mário Verri e Carlos Mariucci, logo após a apuração dos votos no dia 2 de outubro.
Do outro lado, além de negar o apoio, Maia responde exibindo fotos de quando Barros era prefeito e do irmão e atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Além disso, ele lembra que o atual ministro foi vice-líder de Dilma na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O que é certo é que nenhum dos outros seis candidatos que pararam no primeiro turnos declarou abertamente apoio a um dos dois candidatos. Wilson Quinteiro (PSB, Humberto Henrique (PT), Flávio Vicente (Rede), Investigador Nilson (PSol), Priscila Guedes (PSTU) e Herculano Ferreira (PT do B), deixaram a decisão nas mãos dos eleitores.
O candidato do PDT avaliou como positiva a campanha durante o segundo turno e aposta no apoio dos moradores para vencer a eleição. “Nesse segundo turno, visitei muitos bairros e vi de perto a confiança dos eleitores no meu trabalho, por isso estou otimista com o resultado de domingo. Nesses últimos dias vamos continuar trabalhando da mesma forma que vem sendo feito durante toda a campanha.”
Já o candidato do PP se vale do bom momento, principalmente econômico vivido pela cidade para pedir o apoio dos maringaenses. “O Brasil vive um momento econômico muito delicado, não só no governo federal, mas também vários municípios estão atrasando salários. Maringá ao contrário, está com as contas em dia, com dinheiro em caixa e isso tem um motivo: a boa administração. Por isso, conto com o maringaense para manter a cidade no rumo que está.”
No primeiro turno, Barros foi o mais votado, com 77.196 votos, ou 39,69%, enquanto Maia teve 56.156, ou 28,87%. Brancos e nulos representaram 6.702, ou 3,14% e 12.487, ou 5,84%, respectivamente.
Na quarta-feira (26), os candidatos debateram pela penúltima vez antes das eleições de domingo, na Rádio CBN Maringá. Nesta quinta-feira, será realizado o último encontro dos dois, na TV Bandeirantes.
Análise
O cientista social Tiago Valenciano afirma que a agressividade dos dois candidatos prejudica exclusivamente o eleitor, que não tem acesso às propostas eleitorais dos candidatos.
“Os dois candidatos deixaram um pouco de lado a questão da ‘bandeira branca’, lembrando muito a disputa eleitoral de cidades pequenas. Você está de um lado ou de outro, não tem meio termo e isso é prejudicial porque o eleitor quer mesmo saber as propostas para o futuro da cidade, que acaba ficando em segundo plano”, analisou.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Deixe sua opinião