Foto dos candidatos trocando um aperto de mão foi divulgada no Facebook de Greca| Foto: /

Espremida pelas notícias de impeachment/Lava Jato e, nos últimos dias, pelo frio siberiano que assola a cidade, a campanha pela prefeitura de Curitiba começou a descongelar com o anúncio da aliança entre os ex-prefeitos Rafael Greca e Luciano Ducci. Principal algoz de Ducci em 2012, Greca agora tem o apoio formal do antigo adversário, a quem acusou de colocar “asfalto de glacê” nas ruas do Centro.

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Filiado ao megananico PMN, Greca era até esta semana um lobo solitário da disputa. Tinha um eleitorado cativo nas redes sociais, mas que sem uma coligação razoável seria esmagado pela falta de espaço na propaganda de rádio e televisão. À luz da legislação, se concorresse apenas respaldado pelo próprio partido, corria o risco de nem ser convidado para debates na tevê.

O PSB de Ducci não é um gigante, mas dá conforto a Greca. E abre caminho para que outras legendas do mesmo porte engrossem a chapa. Uma delas seria o PSD de Ratinho Júnior, que até agora insiste na candidatura do deputado estadual Ney Leprevost.

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Há vários adjetivos políticos para definir o estilo Greca – folclórico, histriônico, falastrão. Todos têm carga negativa, mas também somam componentes corrosivos para Fruet, reconhecido tanto como bom moço quanto como alguém com sérias dificuldades de tomar decisões e partir para o ataque.

Greca carrega no DNA as características necessárias para desconstruir Fruet, enquanto o atual prefeito não tem nenhuma habilidade para contra-atacar. Greca é um trator (desgovernado), Fruet é um ciclista (com fone de ouvido e desatento). Quando se cruzarem na esquina das marechais durante a campanha, o estrago vai ser grande.