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Depois da eleição que o reconduziu ao comando do Senado, o presidente José Sarney (PMDB-AP) convocou nova reunião de líderes, para as 16 horas, a fim de concluir a composição da Mesa Diretora. Ao tomar posse no cargo pela quarta vez, Sarney reiterou que marcha mais uma vez para o "sacrifício pessoal", abdicando de seu desejo de se dedicar à literatura. Em nenhum momento ele mencionou a sucessão de escândalos que protagonizou em 2009.

Há dois anos, logo após a eleição para o terceiro mandato no comando do Senado, Sarney foi alvo de denúncias, reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Mesa Diretora editou mais de mil atos administrativos secretos. Esses atos permitiram a nomeação de parentes e afilhados de senadores e ocultaram benefícios a parlamentares e aliados do peemedebista.

Em seu discurso, nesta terça-feira, Sarney lembrou que é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso, "ultrapassando Rui Barbosa", tendo ingressado na Casa em 1955. Ele disse que assistiu a mais de 50 comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e que nenhuma delas levantou qualquer coisa contra ele ou sua conduta pessoal. No entanto, omitiu que, por causa do escândalo dos atos secretos foi alvo de seis representações por quebra de decoro no Conselho de Ética em 2009, todas arquivadas sem julgamento.

"Não desejava o encargo, mas dele não pude fugir", afirmou o peemedebista, ressaltando que a confiança dos demais senadores - 70 deles o reconduziram ao cargo - o "conforta, redime e aumenta as responsabilidades no cargo". Sarney disse também que sempre foi "o homem do diálogo e da conciliação" e detalhou aos novos senadores suas realizações no comando da Casa, como a informatização dos gabinetes, a organização prévia da pauta de votações e a implantação da TV Senado.

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