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Jovens querem que a Câmara de Vereadores investigue as denúncias de superfaturamento | Luiz Carlos da Cruz
Jovens querem que a Câmara de Vereadores investigue as denúncias de superfaturamento| Foto: Luiz Carlos da Cruz
  • Manifestante exibe uma caricatura do prefeito Edgar Bueno com detalhes dos itens do uniforme escolar

Estudantes, professores e eleitores que afirmam não ter ligação com movimentos políticos foram às ruas de Cascavel, no Oeste, na tarde deste sábado (13) para protestar contra os vereadores que arquivaram um pedido de investigação do prefeito Edgar Bueno (PDT) por suspeita de fraude em licitação e superfaturamento na compra de uniforme escolar.

A mobilização ocorreu em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida, no centro da cidade, e ganhou apoio de várias pessoas que passavam pelo local. Com nariz de palhaço, cartazes, faixas e gritando palavras de ordem, os jovens também distribuíram panfletos pedindo apoio da população para que a Câmara cumpra seu papel e investigue o prefeito.

O protesto deste sábado foi convocado por redes sociais na internet. Natália Noffke, que idealizou o protesto pelo Facebook, disse que se inspirou nas manifestações dos países árabes, iniciadas em redes sociais e que ganharam às ruas de vários países. Segundo ela, é preciso mudar o consciente coletivo que vê como normais casos de corrupção em diferentes cantos do País. "Isso não pode ser regra", enfatiza.

Felipe Rebelatto, um dos manifestantes, disse que esta é a primeira manifestação e que outros protestos vão acontecer até que a Câmara decida investigar o prefeito. "Não estamos condenando ninguém, só queremos a investigação", afirma. Segundo ele, a mudança na corrupção só vai acontecer a partir do momento em que o povo for para as ruas.

Denúncia

A denúncia de superfaturamento na compra de uniforme escolar foi feita pelo vereador Julio Cesar Leme da Silva (PMDB) que no mês passado apresentou documentos mostrando que os tênis que fazem parte do kit foram comprados pela prefeitura de Cascavel por R$ 47. Em Arapoti, a mesma compra custou R$ 13, uma diferença de 261%.

O prefeito chegou a suspender uma das parcelas do pagamento à empresa vencedora da licitação e criou uma comissão interna para investigar o caso. Trinta dias após o início dos trabalhos, a comissão ainda não emitiu parecer sobre o suposto superfaturamento. Bueno disse que as investigações continuam e se for necessário a empresa será punida.

Os Ministérios, Público Federal e Estadual, e a Polícia Federal investigam o caso.

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