No ano passado, R$ 79 milhões em prêmios das loterias não foram retirados por sortudos distraídos no Brasil. Escolher os números, pagar a aposta, torcer pelo mais difícil que é ser sorteado, e acertar. Em uma lotérica, no centro de Curitiba, alguém fez tudo isso, menos o último passo: não foi buscar R$ 1,6 milhão. O maior dos prêmios não entregues até hoje.
O dono da lotérica, João Bianco, contou que tentou achar o felizardo:
"A gente inclusive contatou com várias pessoas que jogam, mas infelizmente não achamos ninguém".
A faixa continua na porta da casa lotérica, mas, para azar do apostador, o bilhete premiado já perdeu a validade. De acordo com as regras do jogo, quem não aparece em até 90 dias depois do sorteio, perde tudo.
Só da Mega-Sena, em 2005, foram esquecidos R$ 31 milhões: seis vezes o valor acumulado do sorteio de hoje. Além de prêmios principais, ficaram para trás muitas quinas e quadras.
"Geralmente a pessoa vê que foi sorteado em outra cidade e não confere as demais faixas de premiação", acredita Arielson Bittencourt, gerente da Caixa Econômica Federal.
Os prêmios esquecidos vão para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) empresta, a juros baixos, dinheiro para pagar a faculdade particular. Já foram atendidos pelo Fies 312 mil alunos, como Igor Daeuble. Ele diz que nunca jogou na loteria, mas de alguma forma ganhou com ela. No último ano de ciências contábeis, torce para que os sortudos continuem esquecidos.
"É muito dinheiro para uma pessoa só, quando isso vai para beneficiar mais gente é melhor", comentou ele.
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