No almoço com os líderes aliados em sua residência oficial nesta terça-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo líderes, defendeu a manutenção do recesso parlamentar de janeiro para que o impeachment da presidente Dilma Rousseff só seja votado em março. Além de adiar o trâmite do impeachment, a não suspensão do recesso também jogo para fevereiro o andamento do processo contra ele, aberto nesta terça-feira pelo Conselho de Ética da Casa.
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Os líderes demonstraram perplexidade com a tranquilidade demonstrada por Cunha após a operação de busca e apreensão em sua casa. Segundo os líderes, Cunha disse que já esperava pela ação de busca e apreensão em sua casa e só enfatizou muito o fato de não ter petistas entre os que, como ele, foram alvo da ação autorizada pelo ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal.
“Ele é gelado, tratou com normalidade a questão, disse que já esperava isso acontecer. Tratou como se fosse algo previsível. Só estranhou ser com outros peemedebistas. E não ter nada contra ninguém do PT. Ele disse que tem que ter o recesso. Acho que se já achavam que não tinha que ter trabalho em janeiro, aumentou a pressão. Ter recesso para só votar em março o impeachment”, disse um dos líderes.
Do almoço participaram os líderes do PMDB, Leonardo Quintão (MG); do PR, Maurício Quintella Lessa (AL); do PP, Eduardo da Fonte (PE), do PSD; Rogério Rosso (DF), do PSC; André Moura (SE), do Solidariedade; Arhtur Maia (BA), do PTB; Jovair Arantes (GO), do PMB; Domingos Neto (CE) e do PHS, Marcelo Aro (MG).
Deputados aliados dele, como Rodrigo Maia (DEM-RJ), Elmar Nascimento (DEM) e Paulinho da Força (SD-SP) também compareceram. Segundo os líderes, esse almoço já estava marcada desde ontem e Cunha, nesta terça-feira, só reforçou que ele aconteceria. No almoço o presidente combinou de tentar votar hoje medidas provisórias, mas sinalizou que não irá atrapalhar a sessão do Congresso Nacional convocada para sete horas da noite.
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