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A presidente Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira (10) um discurso em que deixou claro sua candidatura à reeleição em 2014 e criticou duramente os seus opositores, a quem chamou de "pessimistas" e "cara de pau". Segundo ela, dizer que o modelo de governo do PT está esgotado "é mais do que uma mentira, mas uma agressão ao bom senso e à autoestima dos brasileiros". Dilma participou de um evento na capital paulista para comemorar os 34 anos do PT e, durante fala de cerca de 40 minutos, declarou que a oposição "não consegue entender os avanços" que o governo petista fez pelo país nos últimos onze anos.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano à Presidência da República, disse diversas vezes em seus discursos públicos que "o ciclo do PT se encerrou". O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que também deve concorrer ao Palácio do Planalto, diz reconhecer os avanços do governo do ex-presidente Lula, mas afirma que daqui para frente "é preciso fazer mais". "Eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou", declarou Dilma, sem citar nomes. "Esses pessimistas agora aproveitam alguns desequilíbrios da conjuntura internacional, muito difícil para todos os países, para dizer que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou sim, mas chegou para eles, e isso faz muito tempo", completou sob aplausos da militância petista.

A presidente destacou ainda realizações de seu governo e disse que tem "energia e disposição" para fazer mais pelo Brasil."Ninguém cobra mais de mim mesma do que eu mesma, ninguém questiona mais o meu governo do que eu própria. Não somos conformistas, não somos paralisados, nós sempre seguimos em frente e à frente. Possuo energia e disposição redobradas para fazer mais".

Economia

Em meio a diversas críticas que empresários e investidores têm feito à sua política econômica, a presidente afirmou que o país se tornou um dos menos endividados do mundo e que a oposição "teima em não enxergar que estamos construindo um novo Brasil". "Esse novo Brasil [é construído] sem abdicar dos nossos compromissos com a solidez dos fundamentos macroeconômicos, do controle da inflação, do equilíbrio das contas públicas e fazendo a dívida líquida do setor público cair de 42,1% em 2009, início da crise internacional, para 34% do PIB em 2013."

A presidente afirmou ainda que o partido "tem sido um persistente e cuidadoso semeador de oportunidades para o povo brasileiro". Segundo a presidente, quando o partido nasceu "ainda havia no ar as sombras da ditadura". "O Brasil imensamente desigual. Era um país sem rumo e sem esperança", disse. Dilma afirmou que desde sua fundação o PT prometeu lutar por mais democracia, mais justiça social e mais liberdade. "E, sobretudo, menos desigualdade".

Dilma disse ainda que, quando o partido assumiu a Presidência há 11 anos, com Luiz Inácio Lula da Silva, ele prometeu transformar o Brasil em um país de oportunidade para todos os brasileiros, especialmente os mais pobres. "E quando eu tomei posse, prometi travar uma luta definitiva pela erradicação da miséria e para tornar o Brasil um País de classe média", lembrou.

A presidente afirmou que o Brasil hoje "é muito mais forte, justo, próspero e soberano" do que era há 11 anos. Dilma exaltou o modelo petista e disse que o resultado é reflexo do comportamento dos brasileiros, que são insuperáveis no trabalho. "Nossa semeadura deu resultado não só porque a semente era boa, mas porque o terreno a ser semeado era muito melhor", completou, afirmando que por isso é que "surgiu um novo Brasil em tão pouquíssimo tempo".

Sem Lula, PT usa vídeo de ex-presidente em evento

Ausente em evento que celebra os 34 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 'antecedeu' o discurso da presidente Dilma Rousseff, por meio de uma mensagem gravada. O partido usou um vídeo com um discurso de Lula exaltando a história do PT. A gravação foi feita no último sábado, durante a abertura da caravana Horizonte Paulista, em Ribeirão Preto (SP). Lula não compareceu ao evento devido a uma viagem que fez a Nova Iorque.

O ex-presidente classificou o PT como "um dos maiores partidos de esquerda do mundo, sem dogmas", cujo compromisso, segundo ele é ser ético e querer lutar para que as pessoas mais humildes conquistem cidadania. "Não fizemos tudo que poderíamos ter feito mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse País do que o Partido dos Trabalhadores".

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