Líderes e presidentes de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff no Congresso divulgaram nesta terça-feira (15) um documento em defesa do mandato presidencial, em que repudiam o chamado “golpismo” e fazem um apelo a todas as forças sociais e políticas comprometidas com o país a contribuírem para superar a atual crise político-econômica.
O documento foi entrega à presidente antes do início de reunião no Palácio do Planalto, convocada por Dilma para debater com a base aliada na Câmara a tramitação no Congresso das medidas do novo pacote de ajuste fiscal apresentado pelo governo com o objetivo de atingir superávit primário em 2016.
O texto condena como “golpismo” os processos de contestação ao mandato da presidente, que é alvo de pedidos de abertura de impeachment no Congresso em meio a um cenário de crise política e recessão econômica.
Passo a passo: o impeachment de Dilma
Leia a matéria completa“O principal entrave ao reequilíbrio das contas públicas e à consequente retomada do crescimento econômico com distribuição de renda, como é o desejo de todos os brasileiros, reside no atual clima político deteriorado, gerado pelo golpismo que tenta se impor sobre a governabilidade e que dissemina sentimentos de insegurança, pessimismo e intolerância política por toda a sociedade”, diz o documento, assinado pelos presidentes dos partidos PT, PMDB, PSD e PCdoB.
As sete armadilhas do pacote anticrise
Leia a matéria completaDe acordo com os líderes da base, “é chegada a hora de todas as forças sociais e políticas efetivamente comprometidas com o Brasil e sua democracia” reafirmarem a contribuição para que o país supere as atuais dificuldades e retome o desenvolvimento econômico e social.
O documento afirma ainda que o Brasil “demanda a superação do atual clima político deteriorado, o qual coloca sérios obstáculos à governabilidade e à recuperação econômica.”
A carta aberta de apoio à presidente, assinada por PT, PMDB, PSD e PCdoB, foi divulgada um dia após o governo apresentar um pacote de medidas fiscais com o objetivo de garantir um superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade da política fiscal, depois de o Brasil ter pedido o selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s.
Um dos pontos-chave do pacote é a volta temporária da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que deverá ter tramitação difícil no Congresso Nacional.
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