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O delegado afastado da Polícia Federal Protógenes Queiroz afirmou nesta segunda-feira (20), por meio de seu blog, que não sabia a origem das passagens aéreas para participar de eventos organizados pelo PSOL.

No fim de semana, a deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS) afirmou que Protógenes usou passagens de sua cota para participar de eventos coordenados pela legenda.

Segundo a deputada, o delegado recebeu as passagens de seu gabinete para participar de uma palestra na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de um ato contra a corrupção, no centro de Porto Alegre, em novembro, com a presença da ex-senadora, candidata ao Planalto e agora vereadora de Maceió, Heloísa Helena (PSOL-AL).

"Nada cobro e nada recebo por essas palestras além das passagens aéreas e, se necessário, a hospedagem, que são fornecidas por aqueles que fazem o convite. Desconheço por quem ou de que forma essas despesas são pagas", disse Protógenes em seu blog.

O delegado afastado afirmou ainda que não é ligado a nenhum partido e que atende convites formulados por vários órgãos ou legendas.

Protógenes foi afastado da corporação em razão de um processo disciplinar aberto em 3 de abril para apurar a participação dele em comício nas eleições de 2008, quando supostamente teria defendido a candidatura do petista Paulo Tadeu D'Arcadia à Prefeitura de Poços de Caldas (MG).

'Horror nazista'

Ainda em seu blog, Protógenes disse que o fato é "escândalo fabricado" e "lembra um período de horror nazista".

"Fatos como esses, noticiados em forma de escandalos fabricados ou com o texto distorcido da verdade formulados incansavelmente pela grande imprensa, lembram um período de horror nazista liderada por Paul Joseph Goebbels que controlava todos os meios de comunicação, onde a mentira dita repetidas vezes era uma técnica de massificação da mente e dos ouvidos que, ao final, criava uma dúvida ou transformava-se no consciente coletivo uma verdade", disse ele.

Nota do PSOL

Nesta segunda, o presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, divulgou nota em que afirma que o caso é uma forma de "abafar" escândalos no país.

"Setores da grande mídia tentam aproveitar as denúncias para confundir a população. Tratam de incriminar também o Partido Socialismo e Liberdade com acusações ridículas e estapáfúrdias. Acusam o PSOL e nossa deputada federal Luciana Genro de ter pago passagens para o delegado Protógenes Queiroz. Tentam vender a idéia de que tal pagamento fosse igual a algumas das falcatruas efetuadas por parlamentares corruptos. Trata-se da típica tentativa de colocar todos na vala comum", disse em nota.

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