O general Raymundo Cerqueira Filho encaminhou nesta quarta-feira (10) uma carta ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmando que não teve intenção de discriminação quando afirmou em sabatina no Senado que as tropas militares não obedecem a comandantes homossexuais e que os "indivíduos deste tipo" deveriam procurar outro ramo de atividade.
A carta tem quatro páginas, mas Azeredo só divulgou alguns trechos do documento. Cerqueira Filho diz acreditar ter sido claro em suas declarações e afirmou não ter intenção de ferir a dignidade de gays.
"Não tive intenção de discriminar ou mesmo ferir a dignidade da pessoa humana, porquanto fui bem claro nas minhas afirmações, que em momento algum contrariam a Constituição", diz trecho.
O general diz que durante a sua carreira não realizou qualquer ato discriminatório contra homossexuais. "Durante todos esses anos, nunca persegui, discriminei ou julguei qualquer militar por ter se declarado homossexual ou estar envolvido em prática de homossexualismo. A minha opinião foi puramente sobre uma questão de aptidão e perfil para atividade."
Ele destaca que seu posicionamento "não tem força de lei" e afirma que cabe ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas "estudar e, se for o caso, propor um projeto de lei que permita o ingresso de homossexuais nas Forças Armadas". Cerqueira Filho também enfatiza que o assunto está sendo discutido em vários países, entre eles os Estados Unidos.
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