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O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, selou oficialmente nesta sexta-feira (30) uma aliança com o PP, do deputado Paulo Maluf.

Em cerimônia muito mais singela do que a que foi promovida há dois anos, quando era Fernando Haddad quem se unia a Maluf para disputar a prefeitura, Padilha disse que o PP tem contribuições a dar para seu programa de governo e tratou o acordo com o deputado como uma derrota pessoal do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

"Os que hoje vão criticar esta aliança estavam até a madrugada de ontem tentando impedi-la. O PP está deixando os tucanos porque viu que o Alckmin não cumpriu suas promessas para o Estado", disse o petista.

O acordo foi oficializado em um auditório da Assembleia Legislativa. O ex-presidente Lula, dessa vez, não foi ao local para posar como padrinho da aliança do PT com Maluf. Em 2012, Lula foi até à casa do deputado, almoçou com ele e depois posou para uma foto histórica entre Haddad e Maluf.

O PP negociou por meses sua adesão tanto à candidatura à reeleição de Alckmin como à de Padilha. Optou, segundo Maluf, pelo petista pela aposta na sincronia do projeto local com o nacional, já que o PP estará no palanque da presidente Dilma Rousseff.

Maluf, que hoje tem diversos cargos no governo Alckmin, não deixou claro se irá abandoná-los agora que está com Padilha. Em seu discurso, ele atacou a gestão do governador e fez coro às críticas do petista sobre a crise hídrica que assola o Estado.

"Só jornalista burro acredita que o problema da água é falta de chuva. Não é que falta chuva, faltou investimento. Tiveram quatro anos para prevenir e o que fizeram? Nada", disse Maluf.

Ele afirmou ainda que Dilma será reeleita no primeiro turno e chamou de "banditismo e terrorismo" as ações de manifestantes que queimam ônibus em protestos.

Padilha, por sua vez, repetiu a cartilha de críticas à crise de água e também fez ataques à expansão do metrô e à segurança em São Paulo.

"As penitenciárias do Estado se transformaram no escritório da maior facção criminosa do país", disse, em referência ao PCC.

Na última semana, foi revelado que um deputado estadual petista participou de reunião com cerca de uma dezena de integrantes da facção criminosa.

Ex-presidiário que recebeu uma espécie de perdão judicial, Luiz Moura (PT-SP) esteve com pessoas que, segundo a polícia, integram o PCC, durante reunião da cooperativa de transportes da qual faz parte.

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