Em uma prévia da parceria que deve marcar a eleição de 2014, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), assinaram ontem um convênio para a construção do Hospital da Zona Norte (R$ 30 milhões, de um total de R$ 60 milhões da obra) e do Instituto da Mulher (R$ 26 milhões) na capital paranaense.
As duas unidades só devem começar a funcionar em 2016. Ainda assim, o evento é uma das últimas oportunidades para Gleisi, oficialmente de férias, anunciar investimentos para Curitiba ao lado do prefeito, seu principal aliado na cidade.
Gleisi e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, devem deixar o governo Dilma Rousseff no começo de fevereiro, quando a presidente retorna de sua viagem ao Fórum Econômico de Davos (Suíça). Gleisi é pré-candidata ao governo do Paraná e Padilha ao de São Paulo.
No evento, Gleisi elogiou Fruet e voltou a alfinetar o governador Beto Richa (PSDB), seu possível rival nas eleições de outubro. "A vinda desses recursos para Curitiba mostra que, quando há trabalho com competência e parceria, os recursos vêm", disse a ministra. Segundo ela, a demora na liberação dos financiamentos para o Paraná deve-se à "incompetência" do governo do estado.
Fruet, por sua vez, disse que a parceria com o governo federal tem sido fundamental para a prefeitura. "Na Saúde, recebemos R$ 715 milhões do governo federal." Segundo ele, o valor é 66% maior que o repassado em 2012.
Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas com a Gazeta do Povo mostrou que a saúde é a área mais carente da administração municipal, segundo os curitibanos. O prefeito tem se dedicado a eventos da área e, mesmo em seu Twitter, destacado os investimentos no setor. Segundo ele, um terço das unidades de saúde de Curitiba passou por reformas graças à parceria com a União.
Padilha, por sua vez, evitou falar sobre a pré-candidatura ao governo de São Paulo. "Estou aqui como ministro e vou trabalhar até o último dia nessa função", disse. Ele destacou a parceria com a prefeitura e lembrou que o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, integrou sua equipe no ministério. Massuda foi secretário-executivo do ministério antes de assumir a secretaria.
ESCLARECIMENTO
A Gazeta do Povo esclarece que construção do Hospital da Zona Norte, em Curitiba, será uma parceria envolvendo governo federal, estadual e prefeitura. Dos R$ 60 milhões que serão investidos na obra, R$ 30 milhões são do convênio com o governo federal e a prefeitura, e outros R$ 30 milhões do governo do estado, que também irá ceder o terreno para o hospital.
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