Em meio a uma debandada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira (28), em texto publicado na página da sigla na internet, que os que deixam o partido são movidos, na quase totalidade, “por projetos personalistas e/ou interesses eleitorais”.
Deputado federal mais votado pelo PT no Rio, Alessandro Molon deixou o partido na semana passada, após 18 anos, e foi para a Rede, de Marina Silva. Ele deve disputar a Prefeitura do Rio, enquanto o PT apoiará o candidato do PMDB. Molon afirmou ter tomado a decisão por não perceber no horizonte possibilidades reais de serem feitas as correções de rumos necessárias para o PT.
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Leia a matéria completa“Em vários estados, atos em defesa da democracia e do mandato popular da presidenta Dilma ocorrem simultaneamente a novas filiações, numa espécie de resposta aos que deixam o PT, na quase totalidade movidos por projetos personalistas e/ou interesses eleitorais”, disse Falcão em seu “editorial”.
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Leia a matéria completaDescontentes com o governo Dilma Rousseff, principalmente com a política econômica, pelo menos dois senadores e três deputados do PT estão com as malas prontas para sair do partido. São eles os senadores Paulo Paim (RS), Walter Pinheiro (BA) e os deputados Weliton Prado (MG), Assis do Couto (PR) e Toninho Wandscheer (PR).
Em São Paulo, a legenda já contabilizou a saída de 12 de seus 68 prefeitos — 17% do total. A “fuga” aconteceu em cidades pequenas do interior como Jaú, Itupeva, Taquaritinga, Sales de Oliveira, Roseira, Piquete, Iracemápolis e Santa Branca. A direção do partido nega que esse movimento tenha a ver com desgaste. Diz que é um “processo que vem ocorrendo desde 2013”.
No Rio de Janeiro, três dos dez prefeitos eleitos em 2012 já deixaram o partido — uma retração de 30%. Dois deles — de São Pedro da Aldeia e de Paraty — alegaram desgaste político para se desfiliarem. O de São Sebastião do Alto, Mauro Henrique Chagas, foi expulso depois de preso pelo crime de improbidade administrativa.
As ameaças de defecção também pairam sobre o PT no Paraná. Rui Falcão foi ao estado para tentar debelar a onda de desfiliações. Reuniu-se com 11 prefeitos e disse que, pelo relatório feito pelo deputado Enio Ferri, presidente do partido no Paraná, foi “parcialmente bem-sucedido”.
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