Campanha
ONGs querem obrigar eleito a cumprir promessas
Para evitar que promessas de campanha sirvam só para preencher propaganda eleitoral, um projeto de emenda constitucional propõe que o cumprimento delas seja obrigatório para o presidente, os governadores e os prefeitos.
O projeto apresentado quarta-feira pela Rede Nossa São Paulo, que reúne cera de 600 ONGs, exige que os políticos eleitos anunciem, em até 90 dias após a posse, um Programa de Metas e Prioridades para o mandato.
Diferentemente dos Planos Plurianuais, que estabelecem as diretrizes para os grandes projetos e não inclui promessas de campanha, a emenda institui metas quantitativas e mensuráveis para todas as áreas da administração pública e subdivisões regionais das esferas de poder.
Pelo projeto, o Poder Executivo deve apresentar a cada quatro meses relatórios de execução das metas. "É uma revolução política que vai gerar campanhas eleitorais mais responsáveis e permitir uma avaliação mais objetiva dos políticos", diz Oded Grajew, coordenador da Rede Nossa São Paulo.
O projeto já foi enviado ao governo e os idealizadores pretendem levá-lo ao Congresso para ser abraçado por deputados e senadores.
Também proposta pela rede, a Lei do Programa de Metas foi aprovada na cidade de São Paulo em 2008, dando origem à Agenda 2012.
Apesar de não aumentar a eficiência da gestão do prefeito Gilberto Kassab que cumpriu apenas 10% das 223 metas estabelecidas , Grajew argumenta que a emenda dá ferramentas para que a própria sociedade faça sua avaliação e exija o cumprimento dos objetivos.
Folhapress
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), esteve ontem em Curitiba para articular a fundação do Partido Social Democrático (PSD) no estado. A nova legenda será oficialmente lançada na próxima quarta-feira em Brasília, mesmo sem ter um programa político ideológico definido. Na ocasião, os nomes dos integrantes do novo partido devem ser anunciados.
No Paraná, dois nomes já estão certos no PSD: o do deputado federal Eduardo Sciarra, que vai deixar o DEM para presidir o partido no estado, e o do ex-deputado federal Alceni Guerra. Outra questão que está quase acertada é que a nova legenda deve fazer parte da base aliada do governador Beto Richa (PSDB). "Os deputados federais e estaduais com os quais estamos conversando estão de alguma forma vinculados ao governador Beto Richa. Minha intuição diz que é natural e conveniente estarmos com o governador Beto Richa", disse Kassab, ontem, em Curitiba, antes de se reunir com políticos e lideranças para formular a criação do partido no estado.
No plano federal, o tom dado por Kassab é de independência. "O partido será formado por pessoas que estão na base do governo da presidente Dilma [Rousseff] e outros que estão na oposição. O partido nasce com independência entre os integrantes", disse o prefeito de São Paulo, para depois afirmar que o PSD será um partido "de centro". Kassab reafirmou que está descartada a possibilidade de fusão com o PSB ou com qualquer outro partido. "Vamos disputar as eleições com o nosso quadro próprio."
A decisão de não se unir com outra legenda foi um dos pontos determinantes para Sciarra deixar o DEM e assumir a presidência do PSD no Paraná. Outro fator que pesou é, nas palavras dele, a independência, autonomia e liberdade que terá no PSD o que não tinha no DEM. Sciarra descartou qualquer atrito com o presidente do DEM no Paraná deputado federal Abelardo Lupion. "Saio do DEM sem nenhum problema. Acompanho o grupo político com quem sempre tive afinidade", disse Sciarra, destacando a ida da senadora Kátia Abreu e do ex-deputado Indio da Costa para a nova legenda.
O futuro presidente do PSD no Paraná preferiu não adiantar novos integrantes, mas a presença de alguns políticos na reunião deu indícios de quem deve compor o PSD. O deputado estadual Ney Leprevost (PP) parecia o mais animado. "Estou 95% no PSD", disse.
Outro deputado presente na reunião era Stephanes Jr. (PMDB). O peemedebista, no entanto, afirmou que o PSD é a sua segunda opção. "Minha meta é ganhar a presidência do PMDB em Curitiba. Se não conseguir, vou para o PSD", disse.
Sobre uma eventual ida de Fruet para o PSD, Kassab adotou um discurso de cautela. "Gostaria muito de ter o Gustavo Fruet com a gente nessa caminhada. Fiz o convite pessoalmente. Mas agora caberá à executiva estadual tocar essa conversa", disse. Sciarra, por sua vez, saiu pela tangente. "Primeiro vamos constituir legalmente o partido e depois vamos falar em nomes.
Outros cotados para integrar o PSD são os irmãos Marcelo Rangel (deputado estadual) e Sandro Alex (deputado federal), que sairiam do PPS; o ex-deputado federal Marcelo Almeida (PMDB); o secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná, César Silvestri (PPS); e o deputado estadual Cézar Silvestri Filho.
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