Cerca de 200 pessoas participam, em Curitiba, de uma caminhada contra a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, na tarde deste sábado (6). O protesto começou por volta das 17h30, na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No local, foram feitos discursos por representantes de movimentos sociais e leitura de cartas abertas. Às 18 horas, os manifestantes iniciaram a caminhada até a Boca Maldita, na Rua XV de Novembro.
Este é o quarto ato "Fora Feliciano" organizado em Curitiba. De acordo com um dos organizadores do evento, Gustavo Bitencourt, a intenção não é apenas pressionar a saída do deputado da presidência da CDHM, mas também discutir a permanência em maioria do PSC na comissão bem como o método de formação de outras comissões parlamentares do governo. "É importante ter diversidade de pensamento, não apenas um tipo de visão", explica o organizador.
Segundo Bitencourt, enquanto o congresso não definir o futuro da CDHM, outros protestos ainda virão. "Se vamos continuar fazendo manifestações ou não, depende do congresso. Você vê a recusa das pessoas claramente quanto a posse de Feliciano, e vamos atrás para mudar isso, mas a gente não tem tido retorno. Enquanto não conseguirmos, vamos continuar nos mobilizando", disse.
Neste final de semana, protestos semelhantes também mobilizam moradores das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belém, Vitória, Brasília, entre outras.
Direito garantidoNesta sexta-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse que a sociedade tem todo o direito de se manifestar contrariamente à presença do deputado Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A declaração foi feita em resposta a um estudante da Universidade de Brasília (UnB), onde o ministro fez palestra em evento de recepção aos novos alunos.
Barbosa brincou que já esperava passar por alguma saia justa durante evento na universidade, e em seguida respondeu à pergunta. "O deputado Marco Feliciano foi eleito pelos seus pares. Os deputados assim o fizeram porque está previsto regimentalmente. Agora, a sociedade tem também todo o direito de se exprimir, como vem se exprimindo, contrariamente à presença dele nesse cargo. Isso é democracia", disse.
- Federação dos Direitos Humanos dá diploma a Feliciano
- Presidente do STF diz que sociedade tem direito de pedir saída do deputado Feliciano
- Dilma diz apoiar diversidade e ser contra discriminação
- Feliciano presta depoimento no STF em ação sobre estelionato
- Eleição de Feliciano é parte da democracia, diz Barbosa
- Grupo em rede social pede candidatura de Feliciano à Presidência
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais