Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, deve assumir em delação premiada que controlava pessoalmente repasses legais e ilegais feitos às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) de 2010 e 2014. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Odebrecht, que está preso há um ano, está negociando um acordo de delação premiada com os procuradores da operação Lava Jato.
De acordo com a Folha, Odebrecht deve relatar uma conversa que teve com Dilma em maio de 2015, no México. Ele teria alertado a então presidente que a investigação da Lava Jato estava prestes a descobrir os pagamentos ilegais que a empreiteira fez ao marqueteiro João Santana na Suíça. Santana e sua esposa, Mônica, também estão presos.
Dilma confirma encontro com Odebrecht, mas nega recebimento de verba ilegal
Leia a matéria completa- “O que vai nascer da Lava Jato está nas mãos dos brasileiros”, diz autor de livro sobre a operação
- Marcos Valério negocia delação premiada e diz poder entregar 20 nomes
- Conta de João Santana teria recebido US$ 16,6 milhões da Odebrecht
- Cervejaria Itaipava foi sócia do ‘banco da propina’ da Odebrecht, diz delator
Procurada pela reportagem, a assessoria de Dilma confirmou que a presidente esteve em viagem oficial ao México com Odebrecht, mas afirmou que as ‘suposições’ do executivo não merecem comentários. Já o advogado de Marcelo Odebrecht, Fabio Tofic Simantob, afirmou que só se manifestará em juízo.